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Summer Breeze Festival - Dia 2

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Publicada em 29, Apr, 2024 por Marcia Janini


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Neste segundo dia do Summer Breeze Open Air 2024, sábado dia 27/ 04, subindo ao palco por volta das 13h30, o Gamma Ray traz seu heavy suavizado em linhas clássicas.

"Rebellion in Dreamland" traz melodia suave, na linha melódica desenvolvida pelas guitarras em desenhos dedilhados de rara beleza. No fraseado vocal, grande momento da performance de Kai Hansen, onde a suavidade do timbre se desdobra em lindas modulações. Firmes na manutenção do andamento ralentado, o baixo de Dirk Schlächter e bateria se alinham em um diálogo forte e cadenciado.

Em mais um brilhante momento do vocal de Hansen, trazendo solfejos e modulações de grande efeito com seu timbre belo e límpido, apoiado pelo instrumental cuidadosamente suave, onde as guitarras brilham em meio às evoluções precisas da bateria de Michael Ehré, temos a beleza de "The Silence", uma das mais belas composições da banda.

Cheia de um colorido vibrante no instrumental linear, ladeando os vocais em cânone "Empathy" apresenta mais um momento todo especial da apresentação, em uma composição onde o esmero da melodia nos arranjos das guitarras e do baixo em tonalidades precisas surge, trazendo dinamismo único em meio à suavidade dos demais elementos. Amazing!

Penúltima música apresentada "Somewhere Out in Space" traz as fortes e rascantes guitarras na finalização, para um petardo sonoro lançado pela bateria firme e contundente.

Com introdução melodiosa e suavizada nos dedilhados suaves da guitarra, "Send Me a Sign" ascende no firme cadenciado da bateria. Solos das guitarras distorcidas na ponte ao refrão fazem toda a diferença nesta porção média da descontraída canção, que apresenta em sua linha melódica um suave namoro com o pop. Bom momento da apresentação!

Subindo ao palco por volta das 14h30, o Angra inicia sua apresentação ao som de "Nothing to Say" uma canção pautada na cadência alucinante do speed metal, com guitarras distorcidas e extremamente ágeis onde a bateria constante de Bruno Valverde segue em galopes trazendo elementos que remetem à sonoridade brasileira de estilos folclóricos como o maracatu na finalização.

Trazendo o grande clássico "Angels Cry", Lione brilha em modulações e solfejos complexos, explorando tonalidades agudas de seu privilegiado timbre. Em dedilhados repletos de cromatismos e alternâncias as guitarras de Rafael Bittencourt e Marcelo Barbosa em seu intenso diálogo prodominam no segundo movimento da música, antecedendo o excerto orquestral de violinos em samplers, em uma verdadeira suíte rock. Momento especial da apresentação.

Na sequência, a linda "Tide of Changes - Part I" traz a introdução suave das cordas emoldurando o belíssimo e suave vocal. Ascendendo para sonoridade com acentos levemente tétricos, a rock ballad traz a irrupção da firme bateria, mantendo o andamento firme da melodia. Guitarras em glissandos e acordes em suspensão evoluem para delicada dissonância na porção média da melodia, onde o solo de baixo em dub de Felipe Andreoli traduz maior profundidade à melodia...

Para "Newborn Me" após a introdução na cadência frenética do speed metal, surge o solo dos tambores da bateria em junção com a diferenciada sonoridade desenvolvida pela guitarra de Bittencourt, onde mais uma vez percebemos elementos folks no desenho sonoro, suavizando a densa melodia. Criativos e perfeitos!

Em "Vida Seca" traduzindo a crítica social e remetendo à obra de Graciliano Ramos na introdução com letra em português, para o andamento e cadência da bateria de Valverde em elementos da musicalidade do nordeste como o baião se apresentam evoluções preciosas, num incrível e criativo trabalho da percussão.

Após a execução de "Rebirth", grande e aguardado clássico da banda, em mais uma memorável performance vocal de Fabio Lione surge a densa "Dead Man on Display" traduzindo intensas e profundas variações dinâmicas nos vários movimentos da canção, onde os cromatismos e glissandos das guitarras explorando tonalidades altas contrasta com a peso cadenciado da percussão.

Em mais uma melodia com a marca do progressive metal, "Carry On" traduz mais um belíssimo momento da performance vocal do frontman Fabio Lione em intensos vocalizes e modulações complexas de intrincada técnica, em meio à explosão das guitarras e da intensa bateria.

Subindo ao palco por volta das 16h00, o Lacuna Coil traz seu metal melódico pesado, denso.

Para "Our Truth" se alternam o vocal suave e afinadíssimo de Cristina Scabbia e os profundos guturais de Andrea Ferro para uma melodia densa, onde a bateria em alucinada cadência encontra as tétricas cordas em rascantes e glissandos profundos.

Em "Sword of Anger" mais uma melodia densa com elementos de vertentes do metal como o black e o progressive, onde a forte e vibrante guitarra de Diego Cavalotti em rascantes e agradáveis dissonâncias, apoia a força do refrão, em mais um memorável instante do show.

"My Demons" traz em seu bojo a grandiosidade das cordas, com arranjos diferenciados no baixo de Narco Coti Zelati, contrastando com o peso vibrante da bateria de Ryan Blake Folden. Nota para a boa performance do vocal de Andrea na alternância com a suavidade de Cristina Scabbia, em um diálogo de grande efeito estético.

Para a inédita "In the Mean Time", com a introdução super densa da guitarra de Cavallotti em acordes crepitantes aliada ao frenético andamento da bateria dinâmica, o vocal de Andrea Ferro em guturais extremos traduz ainda maior aura de mistério, contrastando com a leveza do vocal de Scabbia, em límpidas tonalidades agudas de grande complexidade técnica.

Após a execução de "Veneficium" com elementos do baixo medievo e da ópera no fraseado vocal de rara beleza de Scabbia em tonalidade soprano, surge a belíssima releitura para "Enjoy the Silence", clássico de Depeche Mode.

"Nothing Stands in Our Way" última canção apresentada, de andamento mais fluido e apresentando arranjos mais simples, flerta diretamente com o pop, traduzindo maior leveza à densa apresentação.

Subindo ao palco por volta das 17h15, o Hammerfall chega cheio de energia, trazendo seu power metal repleto de referências ao baixo medievo.

Segunda composição apresentada, "Any Means Necessary" um grande hit, traz o cadenciado firme da bateria de David Wallin aliado às exímias guitarras em poderosos riffs de efeito vibrante... Ágil, o baixo no contraponto auxilia na manutenção da cadência.

Em "Hammer of Down" surge outro momento importante da apresentação, onde a guitarra melódica de Oscar Dronjak e a guitarra rítmica de Pontus Norgren explodem em semicolcheias encadeadas, explorando frenético desenho sonoro em preciosos acordes, apoiando a força do marcante refrão. Baixo em doom no contraponto auxilia à percussão com propriedade. Great!

"Renegade" apresenta em um brilhante e intenso trabalho a bateria emergindo em crescendos, emoldurando com grande efeito o preciso vocal de Joacim Cans em modulações extremamente técnicas... Em cromatismos e glissandos na finalização das estrofes, as guitarras apresentam potência em riffs de intrincada técnica.

Mais uma canção perfeita, "Hector's Hymn" surge grandiosa na dinâmica forte determinada pelo afinadíssimo coro em cânone, em meio à explosão de energia do instrumental técnico, resultando em mais um feliz momento da apresentação.

Para "Last Man Standing" mais um momento todo especial da apresentação... Na cadência do speed metal, a melodia apresenta no frenético andamento constante toda a vitalidade e energia do estilo, fazendo desta uma das mais aguardadas e melhores apresentações do segundo dia do festival. Amazing!

Em um dos principais momentos de sinergia palco platéia, Let the Hammer Fall" surge. Lindíssima de se ver a participação ativa do público, entoando os versos deste verdadeiro hino ao estilo. Nota para mais um instante em que o vocal de Cans em seu timbre aberto e cristalino atinge notas altas de extrema complexidade técnica, explorando nas precisas modulações efeitos de indescritível valor estético, tudo isso aliado à perfeição dos arranjos das guitarras, onde o encadeamento das cordas apoia o forte refrão de forma única! Grande momento da apresentação!

Após descontraído momento de interação e combinados com o público, "Hearts on Fire" ecoa pelos ares. Na cadência do heavy metal clássico, apresenta na melodia a firmeza da guitarra rítmica permeando as estrofes em diálogo com o baixo em doom de Fredrik Larsson, ao passo que a guitarra melódica de Dronjak cresce em qualidade em cromatismos precisos dos ágeis dedilhados. Amazing!

Subindo ao palco às 18h30, o Épica chega trazendo seu metal melódico com influências celtas e temática que remete ao universo fantástico na execução da potente "Abyss of Time - Countdown to Singularity".

"The Essence of Silence" apresenta o poderoso riff encadeado das guitarras em glissandos e cromatismos precisos, emoldurando o lindíssimo vocal da soprano Simone Simons no contraste com os guturais de Mark Jansen. Belos arranjos dos teclados de Coen Janssen denotam densidade à melodia.

Em uma apresentação para encher olhos e ouvidos, recursos de pirotecnia e iluminação privilegiada fazem parte deste grande espetáculo, em um primoroso trabalho da cenotécnica, garantindo uma completa experiência de entretenimento ao público.

Após a execução de "Victims of Contingency" mais uma linda canção onde o vocal precioso de Simone Simons reinou soberano, surge a execução da pesada "Sensorium" trazendo na firmeza da condução da bateria de Ariën van Weesenbeek as profundas e intensas variações dinâmicas, saindo de cadência vertiginosa para cadenciado em andante, pontuando mais um belíssimo momento da performance de Simone em modulações precisas, explorando agudos em belos solfejos. Permeando com graça a melodia, os teclados de Coen Janssen, com acordes em suspensão determinam velada aura de mistério à melodia. Grande momento do show!

Trazendo os rascantes acordes da guitarra de Mark Jansen, "The Skeleton Key" surge em uma melodia que apresenta intensas variações dinâmicas e influência de várias vertentes do rock, como o progressive metal, esta canção pautada no melodic metal traz mais uma vez os afinadíssimos e primorosos vocais de Simone Simons na junção com o precioso instrumental, onde o baixo de Rob van der Loo surge repleto de recursos verticalizadores, em uma composição grandiosa.

"Beyond the Matrix" sugere uma balada moderna, onde a melancólica letra surge apoiada pelo forte instrumental em tonalidade tétrica com a participação esparsa do vocal gutural de Mark Jansen, traduzindo ainda maior aura de desalento à melodia. Belo momento da apresentação.

Trazendo a deliciosa aura de mistério das sonoridades mediterrâneas, em tonalidade próxima ao derbak árabe "Consign to Oblivion" demonstra em seu andamento ralentado intensas variações dinâmicas, para uma canção de grande peso. Mais um momento perfeito da apresentação.

Trazendo grande aparato cênico, o Within Temptation entra trazendo o rock melódico de "The Reckoning"com uma grande pitada da sonoridade pop da atualidade, em uma canção arrojada.

Em mais uma melodia com os pés firmes na atualidade, as guitarras levemente rascantes de Stefan Helleblad e Ruud Adrianus Jolie traduzem maior densidade e peso à melodia de "Angels" de arranjos simples e andamento fluido. Cheia de bossa, Sharon den Adel traz acento jovial no fraseado vocal, denotando frescor e leveza à melodia.

Densa "Entertain You" já traz na introdução leve aura de mistério, rendendo-se à charmosa interpretação de Sharon, que conta com o vigoroso apoio dos sintetizadores de Martijn Spierenburg traduzindo em samplers bem colocados a aura de delicadeza da melodia em meio à fúria das guitarras rascantes e da bateria de Mile Coolen em cadenciado forte.

Para "Stand My Ground", a bateria de Coolen surge em leve ascenção, permeando a melodia com propriedade e traduzindo novos desenhos sonoros à dinâmjca composição, aliada à perícia instrumental do baixo de Jeroen van Veen. Grande momento da apresentação!

Intensa e urgente, "Supernova" traz o acento forte das guitarras rascantes em um dos momentos mais belos da interpretação de Sharon den Adel, seguida pela dinâmica "In the Middle of the Night" que apresenta firme namoro com o pop rock, em meio ao peso e densidade heavy da bateria em junção às guitarras rascantes e ao baixo de Jeroen que explora tonalidades profundas.

Melodiosa, a linda e minimalista introdução do teclado de "Don't Pray For Me" ascende para intensa variação dinâmica. Em rascantes bem marcados, a melodia segue em intensidade e dinâmica em um perfeito contraste entre o forte instrumental e a delicadeza do vocal de Sharon, que ascende com grande vigor para o refrão.

Flertando deliciosamente com o pop rock, "Mad World" traz toda a firmeza do vocal perfeito de Sharon den Adel em meio ao acompanhamento suavizado do instrumental de linhas simples, evidenciando a letra bem construída de temática atual. Grande momento do show!

Finalizando o segundo dia do festival, o hit "Mother Earth" traz todo o brilhantismo de uma melodia consistente, fruto de um intenso trabalho de pesquisa sonora na construção da linear composição, onde os teclados introdutórios em minimal se aliam às rascantes guitarras e à bateria constante de Mike Coolen emoldurando o belíssimo vocal.


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