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Hopes and Fears: Keane em São Paulo

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Publicada em 11, Nov, 2024 por Marcia Janini


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Na noite de 9 de novembro de 2024, a banda inglesa Keane realiza show de sua turnê "Hopes and Fears" comemorativa dos 20 anos de carreira no Espaço Unimed em São Paulo.

Subindo ao palco às 22h00, a banda inicia sua apresentação ao som de "Can't Stop Now" uma canção de melodia descontraída.

Na sequência, a balada pop "Silenced By the Night" traz nos acordes doces do teclado de Tim Rice-Oxley, em junção com o peso instrumental de bateria e baixo em tonalidades rascantes mais um diferencial na apresentação, apoiando o vocal brilhante de Tom Chaplin.

"Bend and Break" marca mais um ponto alto da apresentação, com trabalho de cenotécnica que abrilhanta ainda mais o festivo clima da apresentação, com o espocar de chuvas de papel picado e iluminação diferenciada.

Apresentando métrica diferenciada, "Your Eyes Open" marcada pelos címbalos da percussão, que traz na canção de andamento ralentado deliciosa aura retrô, surge permeada com graça pelos teclados hammond de Tim Rice-Oxley, englobando em sua atmosfera pop elementos do folk/country.

Mais um grande sucesso, a balada "Nothing in My Way" denota influências no new romantic 80's, no delicado andamento, que contrasta com o cadenciado forte, denso da bateria de Richard Hughes. Nesta canção, momento mais que perfeito da performance vocal de Tom Chaplin em modulações precisas e de grande efeito, atingindo tessituras altas. Intenso!

Deliciosamente dançante, "Spiralling" pauta-se no pop da atualidade, com elementos que agem remetendo ao new beat e à disco 70's, em uma melodia firme, intensa, repleta de variações dinâmicas na presença marcante dos bem posicionados sintetizadores de Rice-Oxley.

Trazendo atmosfera densa, explorando ar de misterio, "Sunshine" traz apenas o teclado de acordes esparsos na introdução, apoiando o sensual vocal de Chaplin, que adota modulações diferenciadas para esta suave melodia. Em um beat cadenciado e gostoso, a bateria se alia ao baixo marcante de Jesse Quin em dub step, em mais um diferenciado instante do show.

Para a roqueira "The Way I Feel", o intenso trabalho dos sintetizadores em diálogo marcante com a bateria de Hughes em cadenciado constante traduz sonoridade que remonta à new wave 80's, em uma melodia divertida, acompanhada entusiasticamente pelas palmas do público, em êxtase, para mais um bom momento do show!

Outra canção marcante, "The Frog Prince" na cadência do pop bem determinado pela bateria cadenciada em diálogo intenso com o baixo de Jesse Quin, traz no brilhantismo da linha melódica adotada pelo teclado em dedilhados simples, porém de grande efeito o perfeito apoio para mais uma belíssima performance vocal, onde Chaplin entrega toda a urgência da letra em modulações de rara beleza. Amazing!

Trazendo lindos vocalizes na introdução, com o coro uníssono do público, Tom Chaplin cria a ambientação perfeita para "You Are Young" com introdução do teclado em acordes de notas suspensas. Instante de forte sinergia palco/plateia. A inusitada introdução com a intensa participação do público prossegue com o denso diálogo entre bateria e baixo. Em seguida, a melodia surge em toda sua jovialidade e frescor, em uma balada romântica moderna, que traz em seu bojo elementos do punk rock em junção com vertentes urban. Great!

"Eveybody's Changing" um dos maiores sucessos da carreira surge em todo seu brilhantismo, seguida por "Hamburg Song", uma canção suave, que traz Tom Chaplin na condução do órgão, se fazendo acompanhar para um emocionante momento da apresentação e um dos mais belos instantes do show, onde todo o talento e carisma deste grande intérprete se apresentam de forma única. Amazing!

Trazendo o cadenciado firme do electro rock, com influências no synthpop, "Untitled 1" apresenta um momento de densa atmosfera, bem pontuado pelos marcantes arranjos dos sintetizadores em diálogo com a bateria cadenciada de Richard Hughes, contrastando com o vocal suave de tonalidades altas de Chaplin.

Mais uma canção suave com preciosos arranjos "A Bad Dream" surge em crescendo, apresentando vertiginosa variação dinâmica, explodindo em intensidade no refrão urgente...em mais uma memorável performance de Tom, conduzindo o teclado e cantando com intensidade ímpar. Great!

Após a execução do hit "Perfect Symmetry", o sucesso "Is It Any Wonder?" trazem aguardados e ovacionados momentos da apresentação. Além destes sucessos não puderam faltar no setlist canções como "This is the Last Time", "Crystal Ball" e a clássica "Somewhere Only We Know".

Para o momento do bis, "Sovereign Light Café" e "Bedshaped" foram executadas, mas o ponto alto ficou por conta da releitura de "Under Pressure" (Queen e Bowie), encerrando com brilhantismo a noite.


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