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Coberturas de shows

Summer Breeze Festival - Dia 1

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Publicada em 29, Apr, 2024 por Marcia Janini


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Nos dias 26, 27 e 28 de abril, o Memorial da América Latina recebeu a segunda edição brasileira do Summer Breeze Open Air, trazendo importantes nomes de variadas vertentes do rock em 4 palcos distintos: Hot Stage que recebeu as principais atrações, o Ice Stage que recebeu algumas bandas clássicas e grandes expoentes em seus estilos, o Sun Stage trazendo bandas pautadas nas sonoridades underground e o Waves Stage que dedicou-se a acomodar as apresentações das bandas nacionais e de bandas emergentes no cenário.

Em 26 de abril, subindo ao palco por volta das 13h00, o Dr. Sin traz seu potente heavy metal na inédita "Only the Strong Survive" uma canção pautada na deliciosa cadência das explosiva guitarra de Thiago Melo em dedilhados encadeados e ágeis das semicolcheias.

No grande clássico "Time After Time" do álbum Dr. Sin 2, a bateria alquebrada emoldura juntamente com os riffs altos da distorcida guitarra o vocal poderoso de Andria Busic em modulações precisas e de grande efeito nas finalizações... Great!

De 1997, pertencente ao álbum Lucidity, "Sometimes" traz a fusion entre o rock de linhas hard e esparsos elementos pop, muito bem pontuados pelo andamento desenvolvido pela bateria de Ivan Busic, ascendendo para grande peso dinâmico explorado com enorme energia pela guitarra rascante e pelo baixo em doom no contraponto. Bom momento da apresentação!

Já na introdução para "Fly Away" a bateria irrompe em cadenciado vibrante apoiando a intensa dinâmica das cordas onde o baixo predomina explorando linha melódica difusa, enquanto a guitarra apresenta belos desenhos melódicos na conversão ao refrão... Great!

Na execução do hit "Fire" surge um dos mais aguardados momentos da apresentação, onde o público entoou junto com a banda, entusuasticamente, os versos da canção. Digna de menção a perfeita performance da guitarra de Thiago Melo em arranjos complexos e ágeis, aliada ao brilhantismo da bateria de conversões criativas e nada óbvias e ao incrível vocal de Andria. Impactante!

Do álbum Brutal de 1995 "Isolated" chega com a força da guitarra de acordes encadeados, com acompanhamento suavizado da bateria na gostosa cadência do hard rock com acentos soft. Descontraída, a guitarra corre fluida, afretando na segunda porção da canção que evolui em andamento no galope constante da bateria, que conta com o poderoso auxílio do baixo. Great!

"Miracles" uma canção com a força do cânone vocal introdutório e métrica diferenciada no fraseado vocal, traduz mais um ponto alto de sinergia da banda com seu público para mais uma perfeita performance vocal.

Subindo ao palco às 14h30, o Tygers of Pan Tang inicia sua apresentação ao som de "Euthanasia" onde as vigorosas guitarras mélodica e rítmica exploram a velocidade das semi-colcheias em acordes encadeados, ladeados com propriedade pelo baixo potente e pela bateria cadenciada.

Para a descontraída "Love Don't Stay" na cadência do heavy de linhas tradicionais, os rascantes da guitarra rítmica de Micky Crystal aliam-se à poderosa bateria cadenciada, emoldurando o preciso vocal de Jacopo Meille em modulações únicas e agudos profundos. O charmoso toque de soft rock surge no andamento suavizado, para mais um grande clássico. Amazing!

Frenética desde a introdução, a ágil "Destiny" apresenta no andamento constante da bateria diferenciada de Craig Ellis o preciso apoio às cordas que surgem em rascantes, tendo o baixo em doom no contraponto. Firme e preciso, o vocal de Meille surge brilhante determinando à letra e ao refrão energia ímpares. Great!

Mais um petardo heavy, a dinâmica "Gangland" traz o perfeito diálogo entre as guitarras melódica e rítmica, explodindo em camadas sonoras intensas nos elaborados riffs. A bateria de Craig em conversões frenéticas no andamento, traduz o delicioso toque de ousadia que determina diferencial todo especial à melodia.

Para a suavizada "Edge of the World" surge mais um momento único na apresentação da banda. A letra levemente intimista traz reminiscências, muito bem pontuadas pelas guitarras rascantes. Em mais um momento o vocal perfeito de Jacopo traduz toda a velada densidade da letra em grande estilo. Perfeito!

"Keeping me Alive", traz nos acordes encadeados e rascantes das guitarras e no andamento frenético da bateria o frescor de uma canção que inspira liberdade e ousadia em cada passagem, fazendo deste um clássico atemporal. Cheio de vitalidade e energia, o vocal poderoso empresta à letra intensidade e dinâmica ímpares. Breaks estratégicos apoiam a força do refrão. Great!

Apresentando claras influências rockabilly no andamento ralentado e no cadenciado constante da bateria "Fire On the Horizon" em junção com o baixo de Gavin Gray em dub step, traz o vigor heavy na guitarra melódica de Robb Weir em frenéticos dedilhados e no fraseado vocal intenso. Bom momento do show.

Após a execução do clássico "Slave to Freedom" verdadeiro hino do estilo, surge a execução de "Suzie Smiled".

Iniciando sua passagem pelo festival, o visceral Exodus inicia sua apresentação às 15h50 no Ice Stage, trazendo seu instrumental bruto em uma verdadeira aula de boa condução instrumental.

Absurdamente técnicos, trazem a fúria do metal em avalanches sonoras na execução de "Blood In, Blood Out" onde a sonoridade em cascatas crescentes de puro som bruto são gentilmente entremeadas por riffs esparsos da guitarra melódica de Gary Holt em afinação alta. Em meio a extremos baixos, guturais e rasgados agudos, o exímio vocalista Steve "Zetro" Souza apresenta toda sua técnica e invejável projeção vocal.

"And Then There Were None" traz o som deliciosamente dissonante das guitarras distorcidas na introdução, aliadas à bateria firme e cadenciada de Tom Hunting, em andamento frenético e variações dinâmicas profundas. Trazendo tonalidade em drives de efeito contrastante, onde os agudos apontam novas possibilidades, o frontman Steve esbanja carisma e visceralidade.

Em composição intrincada, de intensa agilidade e criativos recursos da bateria alquebrada "Piranha" se alia ao peso de uma canção extrema, onde toda a enorme técnica desses exímios músicos surge em todo seu apogeu. Amazing!

"Deathamphetamine" traz a densa e tétrica introdução, em que o ruflar dos tambores da bateria de Hunting apresenta acentos tribais, remontando à sonoridade nórdica tradicional, onde temos o encadeamento perfeito entre a guitarra rítmica de Lee Altus e a guitarra melódica em tonalidades altas. Nota para o coro do refrão em cânones que remontam ao cantochão medieval. Explorando tonalidades graves, o vocalista "Zetro" realiza impecável interpretação em fraseado vocal profundo, grave, emprestando aura de ainda maior densidade à composição.

Em "The Beatings Will Continue" para o segundo e derradeiro movimento da composição, o andamento frenético desenvolvido pelo forte instrumental de bateria alquebrada e guitarras em dedilhados frenéticos traduz o diferencial desta intensa e genial epopéia sonora tendo o baixo contundente de Jack Gibson no contraponto. Amazing!

"A Lesson in Violence" traz mais uma melodia de forte e frenético apelo em mais um grande clássico do estilo, seguido por "Blacklist" que traduziu nos breaks estratégicos das conversões ao refrão e andamento levemente suavizado, explorando cadência mais próxima ao hard rock, um diferencial interessante à dinâmica de som apresentada pela banda em sua linear e pesadíssima apresentação.

Subindo ao palco por volta das 17h00, Sebastian Bach e banda iniciam sua apresentação ao som de "What to I Got to Lose" uma canção com os pés no hard rock e os acentos agudos e irreverentes do heavy, em andamento constante e uma bela performance vocal.

Para "Big Guns" os riffs da guitarra alta na introdução emolduram com propriedade os agudos de Sebastian. No contraponto, o baixo em doom de Todd Kerns auxilia na manutenção da cadência constante da bateria.

Na descontraída "Sweet Little Sister" o excelente trabalho da bateria de Brent Fitz em breaks estratégicos apoia a força do refrão e emoldura o perfeito vocal de Bach em modulações técnicas. A guitarra explode na alternância entre riffs altos e rascantes ágeis em junção ao baixo no contraponto.

"Here I Am", canção dos primórdios da carreira em 1989 surge trazendo os acordes vigorosos da guitarra de Brent Woods em intensos rascantes no diálogo com a precisa linha desenvolvida pelo baixo em contraponto à bateria cadenciada. Breaks estratégicos apoiam o forte refrão, brilhante na boa interpretação de Sebastian. Amazing!

Após a execução de um dos maiores hits da carreira ainda com o Skid Row, o hino "18 and Life", surge a execução de "Piece of Me" trazendo o forte apelo do heavy em arranjos frenéticos das guitarras, com a influência marcante do rockabilly muito bem explorado pela precisa e constante cadência da bateria nas conversões ao refrão. Com variações dinâmicas bem pontuadas, a canção apresenta mais um bom momento do show!

Com riffs encadeados da guitarra em afinação alta e a possante e frenética bateria, surge mais um grande sucesso da carreira na execução de "Everybody Bleeds" seguida por "Slave to the Grind".

Já próximo da finalização do show, a icônica "I Remember You" e a belíssima releitura para o clássico "Tom Sawyer" (Rush) apresentam gratas momentos do espetáculo.

Subindo ao Ice Stage às 18h30, o Mr. Big chega trazendo "Addicted to That Rush" uma canção pautada na cadência do punk rock, sob a firme interpretação de Eric Martin, onde breaks estratégicos na conversão ao refrão emolduram a melodia, introduzindo a guitarra em dedilhados intensos e ágeis, acompanhados pela cadência ágil e constate da bateria de Nick D'Virgilio em crescendo na finalização.

Em "Take Cover" a marcante bateria cadenciada se alia à guitarra suavizada para uma canção pautada no pop rock. Gostosa, a melodia segue linear, trazendo refrão bem marcado pelo fraseado vocal impecável traduzido por Martin. Baixo em doom de Billy Sheeran no contraponto surge em interessante diálogo com a bateria.

"Alive and Kickin'" uma canção na cadência do rock de linhas hard, com acentos no soul somado à delicadeza do coral que se une às charmosas cordas e à percussão em constante cadenciado, traduz à gostosa melodia o acento no pop rock e mais um momento especial do show.

Em mais uma melodia que flerta diretamente com o pop rock, com uma deliciosa aura retrô e influências no r&b no vocal de Eric Martin para "Green-Tinted Sixties Mind" traz mais um grato momento à apresentação, onde a linha melódica desenvolvida no intenso diálogo entre a guitarra de Paul Gilbert e o baixo de Billy Sheeran, na junção com o belíssimo cânone do refrão, fazem deste um dos mais especiais instantes do show.

Trazendo sonoridade vigorosa, em mais uma melodia suavizada pela bateria constante e pelos lindos e simples acordes da guitarra dedilhada que ascendem suavemente em riffs nas conversões ao refrão a releitura de "CDFF-Lucky This Time", cover de Jeff Paris, dá sequência à apresentação, seguida por "Just Take My Heart" canção que apresenta a forte influência no soul 70's em métrica e cadência, explorando com precisão os rascantes da guitarra nas pontes entre estrofes e o baixo em doom, que traduz maior densidade à descontraída melodia. Amazing!

Após a execução da linda balada surge a gostosa melodia de "My Kinda Woman" apresentando leves acentos pautados no progressive metal, em movimentos cíclicos, apoiando o bem colocado vocal de Eric Martin.

Seguindo a apresentação do maior sucesso da carreira "To Be With You", abre preâmbulo para no momento seguinte surgir a belíssima releitura para outro hit que marcou a carreira da banda "Wild World" (Cat Stevens).

Próximo à finalização do espetáculo, digno de menção o impactante solo de baixo de Billy Sheehan onde se revelou um pouco do enorme talento e destreza do músico, em uma performance extremamente técnica e criativa.

O cover de "Shy Boy" (Talas) surge na frenética cadência do hardcore, onde o acelerado andamento desenvolvido pela percussão determina a dinâmica potente da canção.

Subindo ao palco ao som da clássica "Deuce", às 20h00, a Gene Simmons Band traz os grandes sucessos do Kiss em versões fidedignas às originais, apresentando um Gene Simmons descontraído, sem máscara e se divertindo no palco junto com os músicos.

Após a execução de outro hit "Should It Out Loud", surge o peso dinâmico de "War Machine" trazendo as guitarras rascantes e a bateria de Brian Tichy em andamento ralentado, traduzindo acentos soul ao rock de linhas hard da melodia, permeada por breaks estratégicos.

Após momento de descontração e interação com o público "Detroit Rock City" ganha os ares na interpretação vocal do guitarrista Brent Woods, extremamente afinado, revelando-se além de excelente instrumentista, um grande intérprete. Mais um brilhante momento da apresentação.

Irrompendo numa avalanche sonora em cascatas, trazendo a marcante e alquebrada bateria de Tichy em conversões perfeitas e ágeis, com breaks e pausas de efeito apoiando a letra "Cold Gin" traz a intensidade do diálogo entre guitarra melódica e rítmica de Zach Throne em rascantes profundos e a mais que perfeita performance de Gene no baixo em doom e nos vocais.

Atendendo na hora a pedidos dos fãs, a canção pautada no hard rock com influência no soul "Calling Dr. Love" surge, trazendo ainda mais descontração à apresentação, após Gene deixar claro em momento anterior durante o show que todos seus músicos realmente tocam e cantam, não havendo uso de nenhum outro recurso sonoro (playback), apenas o uso de seus próprios talentos.

Aos primeiros acordes de "I Love It Loud" o público entusisticamente canta junto com Gene e banda mais esse grande hino do rock, auxiliando no coral em uníssono. Lindo de se ver e ouvir!

Trazendo dinâmica de som mais potente, na alucinante cadência do heavy "Parasite" surge na intensidade das cordas em rascantes profundos, aliada à bateria em evoluções complexas. Intenso, o diálogo entre guitarra melódica e rítmica traduz mais uma incrível performance da banda. Amazing!

Mais um bom momento surge na execução de "Communication Breakdown" outra canção de andamento frenético e intensidade dinâmica, determinada pela bateria potente de Tichy. No segundo movimento da melodia, surge a guitarra blueseira em diálogo com o baixo em doom, explorando profundidade sonora única.

Após a execução da clássica "Lick It Up", surge descontraindo "Are You Ready?" canção de andamento ágil e curta duração, com refrão marcante e de fácil assimilação, um verdadeiro coringa na apresentação.

Prestando bela homenagem ao recém falecido Lemmy Kilmister vocalista e frontman do Mötorhead, Gene e banda executam "Ace of Spades" em fidedigna versão, trazendo toda a fúria e peso metal traduzido pela melodia. Mais um momento especial do show!

Mais um grande clássico da carreira com o Kiss surge na execução de "Love Gun", trazendo seu perfeito encadeamento entre a guitarra de Brent Woods e a bateria, em mais um feliz momento do show.

Mais um aclamado momento da apresentação surge na execução de "100.000 Years", onde as guitarras traduzem em acordes rascantes profundidade extra, explorada com precisão pelo cadenciado cavo de bateria.

Após uma pequena jam session instrumental, surge a execução de "Let Me Go, Rock n'Roll" canção de uma safra mais antiga, remontando aos primórdios da carreira, trazendo ainda a forte influência do roackabilly no andamento, na cadência desenvolvida pela bateria e nos dedilhados fluidos da guitarra.

Encerrando o primeiro dia de evento e a a passagem de Gene Simmons e banda pelo festival "I Was Made for Lovin' You" seguido pela festiva "Rock and Roll All Nite" fecham com irreverência e descontração a noite.

Além destas, outras bandas também realizaram suas apresentações neste primeiro dia de evento, como Biohazard, The 69 Eyes, Black Stone Cherry, Flotsam & Jetsam, Edu Falaschi, Electric Mob e Zumbis do Espaço, além de outras.


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