Spirit of London 9: Diversidade e Modernidade da Música Eletrônica
Publicada em 30, Sep, 2008 por Marcia Janini
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A última edição do Spirit of London, evento organizado por famosa rádio divulgadora do segmento eletrônico, trouxe as últimas novidades distribuídas em cinco tendas, ocupando o espaço do Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital.
Na tenda principal, a Spirit, atrações internacionais realizaram performances ao vivo, os chamados ‘live P.A.’, explorando a sensualidade de go-go girls, em momentos de animação e energia.
A tenda Terremoto, presença já consagrada nos festivais do segmento sob a orientação musical do celebrado DJ Marky, trouxe os mais atuais sets na linha do drum n’bass, o ritmo contagiante de cadência marcada pelos altos recursos de mixers e sintetizadores, em sonoridade moderna e alucinante, pontuada pelos MC’s que realizaram performances ao vivo em cada discotecagem.
A tenda Black, apresentou uma interessante linha evolutiva, onde aos clássicos do soul, funk, r&b, hip hop e rap, foi pauta das seqüências a black music atual, através de sets bem escolhidos e muita animação do público.
Na torre Big Ben, os mais influentes DJs brasileiros realizaram excelentes participações, explorando as mais recentes tendências da música eletrônica nacional, em vertentes como o house, o trance o minimal e o eletro.
A alegre e divertida tenda “Freedom”, voltada ao público GBLT, apresentou representantes das mais badaladas casas noturnas, onde o techno, com influências do minimal e eletro, predominou nas inspirados set lists dos DJs, traduzindo-se em contagiante euforia para os presentes, que também realizaram performances acrobáticas em meio à animada turba de passantes.
A edição deste ano contou ainda com mais uma novidade, um mini palco que não estava previsto nos realeases da organização, também voltado ao público GBLT, numa mini versão do que ocorria na tenda “Freedom”.
Na tenda Freedom, o comando do DJ Magal em sonoridade que explorou o techno, com samplers de efeito que remeteram à disco numa cadência entre house e dance. Modernidade com nítidas influências no retrô traduziu-se em leveza à vigorosa cadência do techno. Breaks estratégicos antecedidos por skratches, numa interessante fusão entre os estilos.
Edinei traduziu seu set list numa sonoridade voltada ao Techno, com suaves pitadas de trance, eletro e minimal. Num criativo e bem selecionado set, repleto de variações e boas conversões, além de parcimônia na utilização de breaks estratégicos em excelente participação no evento.
Na tenda Big Bem, Renato Lopes realiza set de cadência e andamento acelerados voltado ao eletro, numa sonoridade próxima ao drum n’ bass com elementos do house e minimal, em interessante performance.
O celebrado DJ Ricardo Guedes realizou interessante set voltado ao house com elementos do psy e eletro, numa sonoridade que remonta às origens do eletrônico. A dance music encontrou também seu espaço de representação no set, na fusão com samplers de efeito modernizante, remetendo aos anos 90, em interessantes mesclas com o trance.
A tenda Black, sob o comando do DJ Lala trouxe o melhor do charme, break, hip hop e rap clássicos, numa excelente seleção, em boa apresentação, realizando interessante trajetória histórica da evolução da black music até os dias atuais. Genial!
Double C trouxe boa discotecagem, repleta de belas conversões, nem bem escolhido set voltado ao moderno hip hop de tendências clássicas, com breaks estratégicos bem dosados e boas seqüências de skratches, além do carisma e boa interação com o público, em feliz performance.
A tenda Terremoto, organizada pelo DJ Marky, apresentou o melhor do drum n’ bass na discotecagem de seus convidados.
CABLE e Mc Black mesclaram à cadência alucinante e frenética do drum n’ bass elementos da black music com o fraseado do rap. Colorau trouxe set interessante, com boas finalizações. Makoto apresentou drum n’ bass suavizado, com elementos de house e participação especial de vocal feminino, aliando ao peso da melodia a suavidade das interpretações.
No Spirit, palco principal, apresentações ao vivo (Live P.A.s), animaram o festival.
Joe K interpretou suas canções atuais no estilo do house, apresentando vários hits de sucesso nas rádios, numa fusão com elementos dos primórdios do dance. Cadência gostosa, swingada e vocais metalizados deram o tom de modernidade sem perder o charme das origens. Samplers de efeito quebram o andamento acelerado das canções em efeitos dub. Cadência linear com breaks estratégicos.
Carlo D’Allanese e Fábio Castro em inspirada apresentação, realizaram fusão entre discotecagem e interpretação, onde o DJ realizou as mixagens e base melódica para o cantor em melodias house com influências no eletro. A cadência suave pontua a excelente participação do DJ, que explora em suas conversões um certo ar retro. Guitarras com afinação padrão do classic metal traduziram às canções interessante e ousada fusão entre classicismo e modernidade. Incrível!
A atração internacional Lexter trouxe todo o calor e sensualidade latina, na fusão da melodia na cadência do house e vocal afinado ao hip hop, numa boa interação com o público, em apresentação cheia de energia, com leves influências do trance... Mais atual impossível!
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