São Paulo Moto Festival 2008
Publicada em 15, Sep, 2008 por Tatiana Porto
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Entre os dias 5 a 7 de setembro passado, aconteceu no Autódromo de Interlagos a primeira edição do São Paulo Moto Festival (SPMF), no qual música e motos faziam parte do cardápio nos 3 dias do festival. A equipe do Musicão esteve nos dois primeiros dias do evento, e trás um panorama das principais atrações que agitaram o público presente.
Na sexta-feira, o primeiro dia do festival, as principais atrações musicais eram os Titãs e o Alan Parsons Live Project (a banda do engenheiro de som do Dark Side of the Moon do Pink Floyd), mas um atraso na abertura do festival resultou numa alteração dos horários nos quais as bandas entrariam no palco. Era por volta de 10 da noite quando o Titãs entrou no palco, e agitou o público presente, num show marcado por um hit atrás do outro, no qual seus clássicos foram cantados pelo público presente, como “Marvin”, “Polícia”, “A-A-U-U”,”Senhor Presidente”. Para os fãs de motos, só foi o show do Titãs terminar que Paul Sr, Paul Jr e Mikey, protagonistas do reality show American Chopper (exibido no canal People+Arts) entraram no palco para distribuir e dar autógrafos, fazendo a alegria dos fãs do programa, ansiosos por aquele momento.
Para fechar a noite, quem animou os bravos guerreiros sobreviventes do primeiro dia do festival foi o músico/produtor/engenheiro de som Alan Parsons com o seu Alan Parsons Live Project, no qual os grandes sucessos da época do Alan Parsons Project foram tocados, como “Time”, “Eye in the Sky”, “Don’t Answer Me”, “Can’t Take It With You”, “I Wouldn’t Want to Be Like You” e “Games People Play”, cujos vocais em cada música, assim como na época do Alan Parsons Project e na carreira solo, eram revezados por todos os membros do quinteto que acompanha o músico (como visto no DVD Alan Parsons Live in Madrid, não lançado no Brasil, mas disponível no site oficial do músico), incluindo o próprio Alan Parsons (em “Eye in the Sky” e em “Don’t Answer Me”, dois clássicos que no original foram interpretados pelo seu parceiro de Project, Eric Woolfson). Para aqueles que viram os shows em 95 e 97 e pensavam que a nova encarnação do Alan Parsons Project (sem alguns membros originais da época do Project) não seria tão boa quanto as anteriores, surpreendeu-se com os novos arranjos das músicas, e com a coesão da banda (que está junta há 4 anos), que era notável no palco.
No sábado, no segundo dia, Os Paralamas do Sucesso, a OCC Band e Roger Hodgson (ex-vocalista da banda de rock progressivo Supertramp) eram as atrações mais aguardadas por um público um pouco maior do que na sexta-feira. Os Paralamas entraram no palco por volta das nove e meia da noite, e assim como o Titãs na sexta, focou seu show em seus grandes sucessos, como “Lanterna dos Afogados” (no qual Herbert Vianna alterou a letra para homenagear Interlagos, recebendo aplausos da platéia presente), ”Ela Disse Adeus”, ”Vital e Sua Moto”, ”Melo do Marinheiro” e ”Alagados”.
Uma alteração de última hora inverteu a ordem dos dois últimos shows, e assim o ex-vocalista do Supertramp, Roger Hogsdson, entrou no palco mais cedo, e fez um show recheado dos principais hits do grupo que foram compostos por ele, como “Dreamer”, “The Logical Song”, “It’s Raining Again”, “Fool’s Overture”, ”Give a Little Bit” e “Breakfast in America” (revisitada recentemente pelo Gym Class Heroes em Cupid’s Chokehold) além de músicas da carreira solo como “You Make Me Love You”, num show que fez o público cantar junto e se emocionar com a performance de Roger, que aos 58 anos de idade, continua cantando com a mesma força e emoção da época do Supertramp, aliado a uma banda especialmente montada para os shows no Brasil altamente competente, ao contrário do que pode ser conferido em seu mais recente DVD (Take The Long Way Home, lançado no Brasil), no qual é acompanhado só por um saxofonista. Para aqueles que não tiveram a chance de ver Roger em sua primeira passagem pelo país em 98, este show não ficou por menos em termos de repertório e qualidade.
Para aqueles carentes de sons mais pesados que animam qualquer motoqueiro de plantão, o trabalho de fechar a noite no segundo dia do festival ficou a cargo da OCC Band, formada por funcionários da oficina Orange County Choppers (também do reality show American Chopper), mandando clássicos do rock‘n roll como “Paranoid” (Black Sabbath), ”Blitzkrieg Bop” (Ramones), “TNT” (AC/DC), além de composições próprias com toques mais bluseiros.
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