Entrevista com a banda Banzé!
Publicada em 20, Mar, 2007 por Filipe Jahn
Clique aqui e veja as fotos deste show.
“Domingo à tarde, horário meio incomum para nós”, se desculpou sorrindo o guitarrista Thadeu Meneghini, do alto do palco. Tinha desejado boa noite por engano logo que começou o show. “Mas vale a pena!”, comentou já durante a entrevista. Para o frontman da banda Banzé!, além de estar ali contribuindo para o evento (era o Dia do Voluntariado em Osasco), o show servia para divulgar o trabalho da banda, em franca ascensão depois do prêmio MTV de clipe independente. “Não sabemos direito quem é nosso público, então todo show pode valer a pena”. Fãs do rock paulista - em especial Ira! - o power trio já não tão alternativo falou com o pessoal do Musicão sobre o primeiro disco, a participação do ídolo Nasi (e a correria para conseguir isso), além de planos para o futuro. Banzé!
<b>Musicão</b>: Como funciona o trabalho de criação na banda?
<i>Thadeu Meneghini</i>: Para esse álbum especificamente, quase todas as músicas compostas são minhas. Tem uma feita em parceria com o Willy (baixista) e outra em que a letra foi feita com o Adalberto Rabelo, da banda Numismata. Em geral eu fazia as músicas sozinho, em casa, e levava para o resto da banda. A partir daí cada um ia botando suas idéias para o arranjo.
<b>Musicão</b>: A produção desse primeiro disco ficou por conta de quem?
<i>Thadeu</i>: Foi o Alexandre Fontanetti. Chegamos meio verdes no estúdio, não tinhamos muita experiência nisso, e ele abriu nossa cabeça. Especialmente na hora de achar timbres de guitarra, baixo, sons que gostaríamos de incorporar nas músicas.
<b>Musicão</b>: Influências, quais foram enquanto gravavam?
<i>Thadeu</i>: Durante a produção do disco eu estava escutando bastante coisa dos anos 60 e 80. The Who, Small Faces, Beatles, The Jam, Ocean Color Scene... de nacional escutei bastante Titãs, Ira!. E muitas coisas que resgatassem a sonoridade dos anos 60.
<b>Musicão</b>: Nasi, do Ira!, fez uma participação especial em uma das músicas...
<i>Thadeu</i>: Eu vou a shows dele desde que tinha 11 anos. Sempre gostei e admirei muito o som dele, do Ira!. Quando a nossa banda já estava tocando por aí, acabamos nos encontrando na estrada, uma coisa natural. Chegamos a fazer show com outra banda em que ele participa, a Relespública. Logo que começamos a gravar resolvemos então ir na cara de pau e perguntar (risos). Ele aceitou na hora. O problema mesmo foi achar um horário disponível. Ele estava sempre ocupado com alguma coisa. Um dia ele me ligou e falou que no dia seguinte tinha um tempo livre. Foi uma correria. Passei na casa dele na manhã seguinte, ele me atendeu meio dormindo, com aquela voz bem grossa...(mais risos). A gente não tinha idéia do que ele ia gravar, então prôpus uma participação em “Sou melhor que você”. Ficamos escutando a música o tempo todo no carro, até chegarmos no estúdio. Em 40 minutos ele terminou de gravar a parte dele. Macaco velho já.
<b>Musicão</b>: O Marcelo Effori (baterista) só entrou na banda depois - ele não aparece aparece no clipe ou no encarte do disco-. Como acontceu isso?
<i>Willy</i>: Nosso primeiro baterista, Rodrigo Falcão, saiu da banda para ir viajar. E no início da gravação do disco ficamos sem baterista...
<i>Marcelo</i>: Eu já queria entrar antes, ficava falando “eu, eu, eu”... (risos). Encontrei o Thadeu no prêmio Tim e falei que estava disponível. Eles me deram uma demo, com uma bateria eletrônica gravada, escutei, e depois fui para o estúdio com eles, já como membro oficial da banda.
<b>Musicão</b>: E daqui para frente, quais os planos?
<i>Thadeu</i>: Eu gostaria mesmo de gravar um clipe novo. Da música “Melhor que você”, especialmente. E temos shows já agendados. Dia 23 no Outs (São paulo) e 24 no Borracharia (Sorocaba). Em abril, dia 14, vamos fazer um show com o Hateen, no Centro Cultural de São Paulo.
|