Paralamas do Sucesso Apresenta sua Nova Turnê Sinais do Sim em São Paulo
Publicada em 09, Oct, 2017 por Marcia Janini
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Na noite do último sábado, 7 de outubro, os Paralamas do Sucesso realizam mais um show de lançamento de sua nova turnê e cd "Sinais do Sim" no Espaço das Américas em São Paulo.
Iniciando a apresentação por volta das 23h00, sob o belíssimo trabalho da equipe de cenotécnica e iluminação, ao som das inéditas "Sinais do Sim", faixa título do atual trabalho e "Itaquaquecetuba", Herbert, Bi e Barone trazem a sonoridade deliciosa do ska para a reflexiva letra de "Sinais do Sim". Divertida, com trocadilhos entre as palavras de origem indígena, "Itaquaquecetuba" traz o fraseado vocal rápido das sonoridades street e arranjos com elementos do rap, em uma composição atual e moderna.
Após a clássica "Meu Erro", os triunfantes metais trazem a perfeita introdução para "Lourinha Bombril", grande hit dos anos 90. Permeada com graça pelo teclado, a canção levanta o público, demonstrando mais uma vez sua atemporalidade. Grande momento do show!
Com o delicioso acento latino dos metais "Capitão de Indústria" traduz com perfeição o andamento ralentado do reggae na belíssima condução do baixo em dub no contraponto com a bateria cadenciada e constante de João Barone. Para o emblemático clássico a cadência constante do pop rock dos anos 80 nas certeiras conversões emolduram com propriedade o vocal firme de Herbert, em mais um momento especial do show.
Suave, a balada "Uns Dias" traz o dedilhado da guitarra de Herbert em acordes fluidos, seguido pela suave condução da bateria. Em bom momento de sua performance individual Herbert Vianna traduz em seu vocal poderoso a urgência expressa pela letra.
Para a roqueira "A Outra Rota", explosão de bons arranjos da guitarra e da bateria frenética em conversões nada óbvias, demonstrando a grande versatilidade e agilidade de Barone; baixo de Bi Ribeiro surge fechando a boa melodia.
"Soldado da Paz" de introdução densa na cadência do rock de linhas hard evolui em uma melodia consistente, com interessantes variações dinâmicas, determinadas pela exímia condução da bateria de João Barone. Riffs em distorção da guitarra de Herbert aliadas à força de seu vocal encerram o bom momento da noite.
A letra ácida e crítica de "O Calibre", surge bem representada pela fúria e peso da bateria e da guitarra, em riffs explosivos, na cadência do rock de linhas heavy. Na sequência o medley entre "Selvagem/ O Beco", continua traduzindo nas letras fortes e contundentes a crítica social, amparada pelo instrumental pesado do rock, suavizado pelo ska do afinadíssimo duo de metais. Great!
Pop, de andamento constante em melodia descontraída "Medo do Medo" realiza o contraste entre a sonoridade e a letra ácida, repleta de boas nuances traduzida pelo firme fraseado vocal de Herbert.
Trazendo a deliciosa aura soul dos metais na introdução "Saber Amar" aparece em releitura descontraída, abandonando o clima denso da versão original, abrindo-se à atualidade. Permeando com elegância a melodia em perfeita sintonia com os metais, o teclado surge em acordes cheios de energia.
Após a clássica "Busca Vida", também em nova versão, surge "Aonde Quer Que Eu Vá" mantendo a métrica original, em lindo e intimista momento do show.
Relembrando outro grande sucesso, em dueto com a cantora Marisa Monte quando de seu lançamento, a linda, urgente e apaixonada "O Amor Não Sabe Esperar", na dolente cadência do reggae pincelada com graça pelo brilhante teclado, encerra mais um bom momento da apresentação.
A introdução trazendo o reforço de bass soul dos metais para a ensolarada e reggaeira "Sempre Assim" traz um dos melhores momentos da performance do baixo de Bi Ribeiro em perfeito contraponto à malemolência expressa pela bateria.
Em versão fidedigna à original, a sensível "Lanterna dos Afogados" além de outros hits da banda como "Caleidoscópio", "Ska", "Vital e Sua Moto", "Alagados", "Óculos" e "Cuide Bem do Seu Amor" constaram do seleto setlist do show, que privilegiou com propriedade as várias fases da carreira dos Paralamas.
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