Sombras da Noite: Tarja em São Paulo
Publicada em 23, May, 2017 por Marcia Janini
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Na noite do último sábado, 20 de maio, a finlandesa Tarja Turunen (ex-Nightwish) e banda se apresentaram no Tom Brasil em São Paulo para público de aproximadamente 3 mil pessoas.
Um dos grandes nomes do metal sinfônico da atualidade, a cantora trouxe mais um show de sua turnê "The Shadow Shows".
Subindo ao palco por volta das 22h30, após grandiosa introdução, Tarja entoa as primeiras frases de "Demons in You", uma canção de acordes vigorosos e profundas variações dinâmicas, determinadas pela boa condução da bateria de Timm Schreiner e pelos riffs rascantes e poderosos da guitarra de Alex Scholpp.
Para o hit "500 Letters", uma canção pautada na fusão entre o rock instrumental, com andamento e estrutura extraídas da música erudita e modernos elementos da música eletrônica por meio dos sintetizadores e teclados de Chrisyian Kretschmar percebemos a genial correspondência entre classicismo e atualidade, em acordes criativos e ousados.
Em um dos momentos mais arrojados da apresentação e da performance individual de Tarja Turunen, que interpretou com o brilhantismo de seu vocal mezzo-soprano em evoluções, vocalizes e solfejos de extrema complexidade técnica, a canção "Lucid Dreamer", de melodia consistente, trazendo em seu bojo influências da sonoridade celta em meio aos movimentos clássicos. Perfeito!
Igualmente importante a execução de "Calling from the Wild", traduzindo na percussão em tambores acentos da antiga sonoridade nórdica, permeados com maestria pelo violoncello de Max Lilja.
Em instante introspectivo e de rara beleza na apresentação, Tarja e banda executam medley acústico englobando as canções "Until Silence/ The Reign/ Mystique Voyage/ House of Wax e I Walk Alone", traduzindo a tradição sonora do leste europeu em acordes precisos, técnicos, aliando tensão dinâmica e suavidade de forma ímpar.
Em releituras repletas de cromatismos, vitalidade, agilidade e demais fatores determinantes, Tarja e banda deram seu toque diferenciado a canções como "Supremacy" (Muse), impressionando também com a energia do medley para clássicos do Nightwish entre as canções "Tutankhamen" , "Ever Dream", "The Riddler" e "Slaying the Dreamer".
Além destas canções, outros grandes sucessos como "Love to Hate", "Victim of Ritual", "Die Alive" e "Until My Last Breath" constaram do repertório do show.
Em homenagem póstuma ao cantor Chris Cornell recentemente falecido, o show foi encerrado ao som de "Black Hole Sun" (Soundgarden) em playback.
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