Clássicos do Hard/ Heavy Metal: Accept em São Paulo
Publicada em 12, Apr, 2016 por Marcia Janini
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Na noite da última sexta, 8 de abril, um dos clássicos grandes nomes do hard rock e heavy metal sobem ao palco do Carioca Club para mais um show de sua turnê "Blind Rage".
Iniciando o show com o hit "Stampede", a banda sobe ao palco às 19h00, cheios de vigor e esbanjando carisma, estabelecendo comunicação automática com seu público na cadência alucinante, frenética do heavy metal de linhas clássicas.
Para "Stalingrad", um dos grandes ´hinos´ da história do metal, a banda conta com o apoio da platéia, em efusiva participação nos momentos dedicados ao refrão. Nota para a exímia guitarra em riffs intrincados e ágeis e para a boa condução da bateria cadenciada, em conversões nada óbvias. Great!
A suavizada "Hellfire" antecede a explosão instrumental de "London Leatherboys", uma canção linear, com bons momentos das guitarras rascantes, ascendendo para riffs em cromatismos interessantes, de grande complexidade técnica.
Em uma das melodias mais fluidas e descontraídas do show, a curta "Living for Tonite" abre caminho no espetáculo para a entrada de "Restless and Wild", de acordes encadeados em cascatas de semicolcheias incendiárias nas guitarras e exímia condução da bateria em desenhos sonoros repletos de alternâncias interessantes.
"Midnight Mover" já na introdução traduz a influência do psicodelismo 70´s na introdução de dedilhados ágeis das guitarras, ascendendo para o andamento cadente do hard rock. O vocal explorando agudos pronunciados surge emoldurado brilhantemente pelo brilhante instrumental. Digno de menção o baixo em contraponto perfeito à bateria.
"Dying Breed" já surge descontraída, irreverente, com ousadia e atitude. Aos acordes extraídos das guitarras em afinação padrão, numa perfeita junção entre guitarra ritmica e melódica, o baixo em dub permeia com graça a melodia, pontuando as conversões com elegância e energia.
Em uma verdeira viagem aos sentidos, o andamento frenético impresso à melodia de "Final Journey", com o peso contundente da bateria temperando com maestria as intensas variações dinâmicas, faz desta canção um bom diferencial. Traduzindo em sua estrutura elementos do progressivo, a canção denota em sua finalização intensa um dos grandes momentos do duo de guitarras durante a apresentação.
Explorando aura clássica, em acordes suavizados típicos do hard rock "Shadow Soldiers" traduz melodia rica em acordes complexos. Suaves distorções traduzem charme extra à força instrumental.
Nas guitarras rascantes de tonalidade vigorosa da introdução aliadas ao vocal técnico, em solfejos altos, ampliando a força do refrão na junção com os breaks estratégicos da melodia a alegre "Starlight" surge como mais um dos pontos altos do espetáculo.
Densa e repleta de tensão dinâmica "Bulletproof" traz em sua intrincada construção melódica elementos progressivos para a cadência alquebrada de cromatismos da melodia, que apresenta cadência pautada no hard rock de linhas clássicas.
Efusiva e frenética "No Shelter" surge brilhante no andamento frenético do heavy metal, com a participação marcante do baixo permeando a melodia para o duo de guitarras, em mais um excelente momento da apresentação.
O grande clássico "Princess of the Dawn", com a densidade bem marcada pelas guitarras rascantes que ascendem para riffs contidos, baixos e lindamente interpolados do duo de guitarras bem acompanhadas pela bateria de condução precisa, apoiam a energia vocal, que explode em um dos mais inspirados momentos de seu front man.
Surgindo em semi-gutural, o vocal explora com grande propriedade os recursos densos da melodia para "Fall of the Empire". A força desta melodia surge na linearidade expressa pelos acordes e riffs de andamento suavizado bem posicionados no movimento cíclico da harmonia.
Além desses sucessos, outros grandes hits como "Dark Side of my Heart", "Pandemic", "Metal Heart", "Son of a Bitch" e "Balls to the Wall" constaram do setlist da apresentação.
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