Clássicos do Hard Rock: Deep Purple em São Paulo
Publicada em 13, Nov, 2014 por Marcia Janini
Na noite da última terça-feira, 11 de novembro, às 22h00 a lendária banda Deep Purple, uma das ícones e precursoras do hard rock 70´s, se apresentou no palco do Espaço das Américas, na zona oeste da capital paulistana para mais um show da turnê "Now What?!"
Com aparato cênico simples e intrincado esquema de iluminação, a banda inicia o show com a explosiva "Highway Star", um dos maiores hits da carreira.
"Into the Fire" traduziu um dos grandes momentos da performance individual de seu vocalista Ian Gillian, explorando tonalidades inusitadas em conversões e finalizações primorosas, com modulações inspiradas.
Na cadência e andamento do progressive rock, surge "Hard Lovin´ Man", profunda em suas intensas variações dinâmicas, com predomínio da maestria do teclado, em um dos grandes momentos de Don Airey. Suavizada, explora elementos do psicodélico em sua construção melódica".
Na sequência, o hit "Strange Kind a Woman" em um dos momentos mais efusivos do espetáculo, precede a tétrica "Vincent Price", com sua introdução grandiloquente pautada no dark dos dissonantes acordes do teclado. Na cadência do heavy metal, apresenta riffs rascantes das guitarras. Nota para a bateria cadenciada de condução precisa de Ian Paice emoldurando a densa melodia, pontuando com grande elegância cada conversão ao refrão e as profundas variações dinâmicas, em mais um bom momento da apresentação.
A perfeita "Contact Lost", traduz aura céltica/ new age em sua introdução harmoniosa e suave, a guitarra levemente distorcida explora acordes de timbre agudo, ascendendo para a genialidade em solo, num trabalho instrumental de rara beleza, explorando as variações dinâmicas de uma melodia pautada nos sons da natureza. Em mais uma grande conversão, a melodia ascende novamente para tempo, cadência e andamento distintos, elegendo elementos do folk. Os teclados arrematam nova sequência desta mini suíte, em um grande clássico do rock progressivo. Finalizando, todo o peso das guitarras rascantes e ágeis, em andamento frenético, emolduram a complexa composição.
"The Well - Dressed Guitar" trazendo em seu bojo o fantástico solo de guitarra de Steve Morse, em um dos mais impactantes momentos do show, demonstra toda a genialidade e talento de um dos maiores guitarristas do rock, em evoluções inusitadas, explorando acordes de extremo grau de complexidade.
Englobando o poderoso e impactante solo de bateria "The Mule" também apresenta diferencial na apresentação, emoldurando o grande talento, ousadia e criatividade de seu condutor, em conversões perfeitas, passeando por acordes agrupados e cadenciados, com grande propriedade e perícia, num show de técnica.
Após a deliciosa "Hell to Pay", na suave e malemolente cadência do jazz, o impressionante solo do teclado traduz variados elementos de influência na formação do músico, indo do clássico à bossa nova, com a homenagem ao Brasil no excerto de "Aquarela do Brasil" (Ari Barroso), em mais um momento todo especial da apresentação.
Os atemporais clássicos "Perfect Strangers", "Space Trucking"e "Smoke on the Water", surgem como ápices da perfeita apresentação.
Para o momento do bis, foram reservadas gratas surpresas como a versão para "Green Onions", clássico de Booker T. & The MG´s, "Rush", o eletrizante solo de bateria de Ian Paice e "Black Night", finalizando o espetáculo.
|