Punk em SP: Social Distortion
Publicada em 20, Apr, 2010 por Marcia Janini
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O Via Funchal recebeu na noite de sábado, 17 de abril a banda punk californiana Social Distortion, com show de abertura da banda argentina “All the Hats”.
Como início por volta das 20h45, o “All the Hats” iniciou sua apresentação traduzindo-se em som de alta qualidade, com canções próprias e covers de clássicos do punk rock.
Suas canções, com influências no hardcore, apresentaram elementos extraídos de sonoridades como o hardcore, com intensidade e grande categoria, onde à bateria cadenciada, aliaram-se guitarras distorcidas de afinação padronizada. As letras atuais retratam com ácido tom crítico os dilemas do cotidiano. Finalizações precisas com notas em suspensão e riffs rascantes das guitarras traduziram às melodias interessantes efeitos de variação em ritmo e cadência, aliando-se ao andamento vigoroso e frenético, traduzindo-se numa bem executada apresentação.
O aguardado show do Social Distortion teve início por volta das 22h15, contando com público de aproximadamente 6.000 pessoas.
Na introdução, a vinheta de mariacchis mexicanos traduziu descontração automática, prenunciando o que viria a seguir: uma apresentação bem cuidada, onde à técnica aliou-se o carisma na excelente comunicação com o público.
“Under my Thumb” apresentou boas conversões, com riffs de guitarra bem pontuados pela excelente condução da bateria, de agilidade ímpar. Nota para a performance do vocalista Mike Ness na execução desta canção, explorando de forma peculiar sua projeção vocal, respaldada por uma dicção perfeita. Grande execução para grande hit da carreira, numa dos melhores momentos da apresentação.
Entretanto, um dos maiores pontos de verticalização surgiu durante a execução de “Bad Luck”, traduzida em melodia suavizada, com bela participação dos demais integrantes nos backing vocals. O andamento calmo traduziu à melodia de belos arranjos certa introspecção, em mais um bom momento do espetáculo.
“Don’t Drag Me Down” imprimiu andamento frenético em cadência contagiante, conduzidas pela “infernal” bateria, de grande precisão técnica, em bela performance de Scott Reeder. Guitarras distorcidas em escala ascendente realizam a perfeita mescla entre a sonoridade punk tradicional e vertentes atuais, de caráter pop. Breaks estratégicos reforçam o apelo do refrão numa canção, em tudo, bem construída. Perfeito!
“Story of My Life”, com cadência pautada nas vertentes do pop, se arrastou com agilidade gostosa, traduzindo time perfeito à letra sobre reminiscências. Nota à performance da guitarra de Jonny Wickersham, de acordes criativos e riffs estratégicos, atuando com maestria na ambientação da melodia. Criativa finalização realizou junção aos acordes da canção posterior sem perder o tom.
Em mais um momento denso e introspectivo da apresentação, “All the Answers” remete às origens do punk rock, determinada pela melodia suave em contraponto ao fraseado displicente, com elementos extraídos do hardcore.
A clássica “Nickels and Dimes”, contagiante na melodia simples e descontraída, de boa consistência, traz bateria cadenciada e belas variações em tonalidade e andamento pontuado pelo bom trabalho do baixo de Brent Harding. Fantástico!
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