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Coberturas de shows

Gás Total no Esporte Urbano e na Música

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Publicada em 08, Sep, 2008 por Marcia Janini

Clique aqui e veja as fotos deste show.


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No último sábado, 6 de setembro, a chácara do Jóquei Club de São Paulo reuniu muitas atrações voltadas ao público street, incluindo, entre elas, quatro atrações musicais que estão entre os maiores ícones do estilo na atualidade.

Com início no começo da tarde, o evento além de atrações musicais também se revela interessante celeiro de novidades da cena urban, como a presença de expositores de moda, equipamentos, mostra fotográfica recriando a história do skate, e ateliê de grafitagem, reunindo grandes atrativos, como os campeonatos profissional e amador, tanto do esporte quanto da música, que recebeu a participação de novas bandas inscritas no projeto.

Encerrando as apresentações do palco alternativo destinado às bandas iniciantes, a banda campeã do festival ocorrido no ano passado, Voltz, apresentou excessiva jovialidade, interpretando canções de seu repertório e covers de hits da atualidade, traduzindo à sua apresentação, ambientada no hardcore, esparsos elementos do surf rock e outras tendências de característica urbana, em boas execuções, dignas dos bons instrumentistas. Digna de menção a performance do baterista e também do vocalista, de timbre forte e bem modulado.

No palco principal, abrindo as apresentações do festival, a banda Strike executa canções de sua autoria e alguns covers de bandas pertencentes ao estilo, como Raimundos. Fantástica a fusão entre melodia do Groove Armada e Prodigy, num casamento de perfeita sintonia entre as melodias tão diferenciadas, traduzindo-se num dos pontos mais criativos da apresentação; ao hardcore da banda fundiu-se a cadência do punk rock, o fraseado rápido e cheio de malemolência do hip hop, com esparsos elementos de reggae.

Como ápice da apresentação, sua canção de maior sucesso e que a revelou como uma das mais influentes bandas jovens dos dias atuais ‘Teu olhar no meu olhar’, resultando em muito agito baseado na melodia pesada e letra de características românticas, numa puerilidade jovem gostosa de ouvir. Boa apresentação, com grande participação do público, impulsionada pelo carisma do front man e dos bons instrumentistas, que conduziram com extremo apuro sua participação no festival.

Na seqüência, a banda Charlie Brown Jr., interpretou seus maiores sucessos, numa apresentação inspirada e alegre, onde a comunicação com o público estabeleceu-se numa constante efusão. Em suas canções, revela-se um lado street, urbano, com a presença de críticas sociais nas letras, que utilizam linguagem bem popular, próxima à realidade de seu público, aliadas à força do fraseado extraído do hip hop, guitarras distorcidas com bases no heavy e baterias em cadência alternada.

Importante também é ressaltar algumas canções onde a fusão com o reggae surge como diferencial, trazendo letras reflexivas e melodia um tanto mais suavizada, convidando à participação ativa do jovem nos movimentos de valorização da cultura ‘marginal’.

Como pontos altos da apresentação, as execuções de ‘Te levar’ e ‘Já era’, contando com intensa participação do público, num espetáculo bonito de ver, onde pessoas das mais variadas faixas etárias, apesar da predominância de jovens, também participaram e curtiram momentos de pura descontração e vibrações de liberdade e alegria.

A cantora Pitty, no seu já costumeiro carisma, contagiou o público em apresentação inspirada e de vitalidade intensa, com interpretações dignas de uma das maiores intérpretes da atualidade, sendo sua participação um dos mais importantes momentos de todo o festival.

O melhor momento surgiu na execução da regravação do clássico de Chico Buarque. ‘Deus Lhe Pague’ foi interpretado com maestria pela cantora e pela sua banda formada por grandes instrumentistas. A canção ganhou novos e modernos arranjos, deixando-a ainda mais arrojada e reforçando a força poética de sua intensa crítica social.

‘Já Faz algum Tempo’ inovou pela melodia introspectiva, que remonta ao movimento grunge do início dos anos 90 através da bateria cadenciada e da letra que traduz as inconstâncias de foro íntimo de maneira rebuscada, com rítmica e métrica perfeitas, em mais um agradável momento das apresentações.

Importante é ressaltar a participação da cantora nas guitarras em afinação padrão do heavy metal e na aura de indignação de suas performances, ressaltando o efeito das letras bem construídas de suas canções, onde a crítica social aos costumes e padrões comportamentais vigentes (ou à total falta deles?) é temática recorrente, aliadas à melodias de belos arranjos e ricas em acordes inovadores, num show de técnica e habilidade.

A mais aguardada apresentação do festival, Bad Religion, iniciou sua participação com canções da fase inicial de sua carreira, ainda no estilo pós-punk, onde se vêem nítidas influências de bandas como Ramones e Sex Pistols, entretanto, a banda priorizou a execução de canções de seu último álbum, lançado no ano passado.

O show transcorreu predominantemente na cadência do hardcore, demonstrando o intrincado trabalho de pesquisa musical da banda nos últimos anos, mantendo-se atualizada com as últimas tendências e rumos da música, num constante processo de renovação de seu repertório.

Inicialmente tímida, a platéia foi aos poucos interagindo, se deixando contagiar pelo apelo crescente da sonoridade moderna da fase atual da banda, com a fusão em muitos pontos criativa e inusitada entre elementos extraídos do hip hop, reggae, ska e outras vertentes street à cadência e andamento frenéticos e contagiantes do punk rock.

Bons momentos da apresentação, as execuções de ‘No Control’, ‘Come Join Us’ e ‘I Come Going Out’, além do clássico que deu nome à banda, em momentos de grande verticalização e intensa participação do público.

Assim terminou a segunda edição do festival que reuniu o melhor da cultura roller, não apenas na música, mas também na prática esportiva, onde teve lugar o clássico remontando às origens, numa bonita confraternização entre as gerações, celebrando uma cultura que vêm angariando cada vez mais adeptos nos últimos anos, após um longo período de estio.


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