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Unplugged: Angra em São Paulo

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Publicada em 19, Aug, 2024 por Musicao


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Na noite do último sábado, 17 de agosto, a banda Angra apresentou mais um show no formato acústico de sua turnê no Espaço Unimed, casa de espetáculos localizada na zona oeste da capital paulista.

Subindo ao palco por volta das 21h15, trazendo a forte influência gitana nos dedilhados precisos da guitarra, aliada aos arpejos dos violinos de Gabriel Gaynor e Gilmar Santos, a linda balada "Nova Era" traz belíssimo momento da performance vocal de seu frontman Fabio Lione.

Flertando com o country nos dedilhados do violão de aço, no belíssimo diálogo com o ruflar dos tambores de Bruno Valverde em marcha para a introdução "Make Believe" apresenta no cadenciado constante importante recurso, apoiando o vocal melodioso e preciso de Lione, em modulações perfeitas.

Trazendo o peso marcante do baixo de Felipe Andreoli em doom, aliado ao contrabaixo acústico da orquestra e aos arranjos tétricos do teclado de Guilherme Santana, surge a densa "Storm of Emotions" com ambientação sombria, trazendo elementos do dark wave e do progressive metal. Cadenciada, a bateria de Valverde mantém com propriedade o andamento ralentado, que emoldura com precisão a diferenciada métrica explorada pelo fraseado vocal envolvente de Fabio. Grato momento da apresentação!

Com o apoio das palmas entusiasmadas do público surge "Gentle Change" trazendo em seu bojo elementos da sonoridade nacional em uma ciranda moderna, que explora acentos suaves de maracatu, muito bem conduzidos pela brilhante percussão, que se alia aos solapados vigorosos dos violões e guitarra de Bittencourt, trazendo a fusão entre o cancioneiro popular e o rock, em uma composição ousada e criativa... Amazing! Na finalização os arranjos do teclado em minimal traduzem discreto e velado charme!

Rascante, o violão de aço introduz a suave "The Bottom of My Soul" em mais uma melodiosa interpretação do vocal de Fabio Lione.

Ascendendo para cadenciado constante, numa explosão dinâmica permeada pelo diálogo entre bateria e baixo no contraponto "Silence and Distance" apresenta ainda o incrível trabalho das cordas da orquestra, onde os violinos exploram tessituras altas, dialogando com a flamenca guitarra de Rafael Bittencourt em toná. Suavemente acompanhado pelo teclado, Lione denota toda a beleza de seu aveludado timbre em modulações precisas, explorando tessituras altas em agudos de extrema beleza e complexidade técnica. Ascendendo em vertiginosas variações dinâmicas, a melodia apresenta o vigor e a potência da guitarra de Marcelo Barbosa em solapados precisos, que dialogam com o baixo em dub. Bom momento do show!

Na introdução, dedilhados no violão em cromatismos de Rafael Bittencourt traz o apelo gostoso de uma balada suave em "Reaching Horizons" para seu vocal doce, porém preciso. Permeando o momento, os violinos surgem estabelecendo diálogo em delicadas tessituras. Brilhante!

Trazendo a especial participação do vocal cheio de groove e bossa de Vanessa Moreno para a execução de "Here in the Now" surge o delicioso toque da MPB, trazendo a inspiração marcante do soul nacional, em uma interpretação poderosa deste inusitado e lindíssimo dueto, em meio à forte percussão que remete ao tambor de crioula nordestino. Great!

Continuando sua participação no espetáculo, a voz límpida e brilhante de Vanessa entoa Wuthering Heights (clássico 80's na voz de Kate Bush), trazendo seu acento forte em modulações complexas, colocando grande potência em tessituras medianas. Belíssima releitura!

Para "Tears of Blood", os acordes densos em dedilhados da craviola de Guilherme Santana se aliam aos arranjos tétricos dos violinos, criando misteriosa aura à melodia, que emoldura com precisão o dueto das vozes de Lione e Vanessa em vocalizes precisos, explorando tessituras medianas de grande expressão e rara beleza. Mais um momento único da noite!

Em mais um marcante momento da noite trazendo agora para somar-se ao dueto de Vanessa e Fábio, Kiko Loureiro para emprestar sua brilhante condução na guitarra, surge a execução da delicada "No Pain For the Dead" com introdução em dedilhados suaves das cordas e do belíssimo violoncelo de Diego Pereira que se aliam ao suave acompanhamento da percussão. Em mais uma explosão dinâmica, a bateria irrompe em intensidade, afretando no andamento. No movimento seguinte, os violinos trazem o belíssimo adagio do erudito permeados com maestria pelo oboé de Renato Salles, em mais uma variação dinâmica inusitada e ousada.

Trazendo o acento forte do caxixi e da percussão da capoeira explorando a sonoridade do berimbau de forma estilizada por outros instrumentos, temos o acento firme do baião e a influência do coco nordestino em "Holy Land", que se alia à suavidade do fraseado vocal de Fábio, em um hibridismo onde a junção de estilos tão díspares traduz riqueza instrumental ímpar. Amazing!

Além destas canções constaram do setlist grandes sucessos como "Late Redemption", "Rebirth", "Bleeding Heart" e no retorno para o bis a clássica "Carry On", coroando de êxito a memorável apresentação.


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