Stratovarius em São Paulo
Publicada em 27, Nov, 2019 por Marcia Janini
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Na noite da última sexta-feira, 22 de novembro, a banda Stratovarius realizou mais um show de sua atual turnê no Carioca Club em São Paulo.
Subindo ao palco às 22h30, ao som de excerto de "O Fantasma da Ópera" (Andrew Lloyd Weber) como introdução, a banda inicia seu show com a execução de "Eagleheart", uma canção que traduz no forte cadenciado da bateria de Rolf Pilve elementos da sonoridade celta. Em crescendo, permeados pelo frenético teclado de acordes encadeados, o instrumental consistente demonstra ainda o bom baixo contrapontístico de Lauri Porra em dub, aliado à guitarra distorcida em dedilhados ágeis.
Para o hit "Phoenix", a cadência alucinante do heavy bem determinada pela bateria em conversões que alternam em variações dinâmicas profundas, entre ruflares e cadenciados, denota estratégicos breaks que apoiam a força do refrão. Em diálogo com o baixo, explorando vertiginosos e potentes riffs, a guitarra de Matias Kupiainen segue em solapados. Permeando a melodia com propriedade, o teclado determina aura densa em arranjos de notas suspensas na porção média da melodia. Cíclica, a estrutura melódica apoia o poderoso vocal de Timo Kotipelto, denotando à canção ares de hino. Intenso!
Mais uma melodia densa, apresentando toda a urgência e vigor do heavy "Oblivion" surge como grande momento da performance individual de Kotipelto, com seu vocal personalizado e repleto de bons recursos, em modulações e tessituras altas. Contrastando com a dinâmica explorada pela bateria, a balada de andamento ralentado evolui em cascatas sonoras, onde cada instrumento apresenta o perfeito encadeamento dos arranjos, em uma composição dinâmica e diferenciada.
Flertando suavemente com sonoridades pop, a suavizada "Shine in the Dark", surge com o marcante cadenciado da percussão, mantendo o andamento preciso. Meticuloso, o solo de guitarra em ágeis dedilhados repletos de cromatismos nas conversões surge como forte diferencial na constante melodia. Permeando com graça a melodia, o teclado de Jens Johansson realiza o perfeito diálogo com as cordas, traduzindo elegante suavidade ao pesado instrumental.
Brilhante, o vocal de Timo surge soberano em "SOS", um de seus melhores momentos na apresentação. Solos intensos da envenenada guitarra de Kupiainen nas conversões ao refrão, entremeados de breaks estratégicos da bateria, apoiam o forte refrão em um grande momento do show. Repleta de intensas variações dinâmicas, apresenta elementos esparsos do progressive rock em sua construção melódica. Great!
Trazendo os rascantes riffs das guitarras aliados à bateria cadenciada e ao teclado em notas suspensas "Enigma" apresenta aura de densidade inspirada em sonoridades dark. Ascendendo ligeiramente no refrão, a melodia de andamento constante apoia com propriedade o belíssimo vocal de Timo Kotipelto, em inspirada interpretação. Amazing!
Após o instigante e brutal solo da guitarra de Matias Kupiainen em um show de destreza e técnica instrumental, repleto de agilidade e criatividade na extração de sonoridades pouco convencionais, em cromatismos e glissandos de grande efeito, surgem os acordes iniciais para "4000 Rainy Nights", uma balada vigorosa, de andamento ralentado e cadência constante. Em mais um inspirado momento de sua performance vocal Kotipelto explora tessituras densas e diferenciados efeitos em seu fraseado, apoiado pelo instrumental simples, porém preciso, de suaves variações dinâmicas. Em cíclicos movimentos, a canção evolui para seu desfecho, em um belíssimo momento individual dos teclados.
Em um dinâmico e inusitado momento da apresentação, o baixo endiabrado de Lauri Porra explora sonoridades nada convencionais, num show de habilidade, onde percebemos a influência de sonoridades que variam do soul ao pasodoble gitano, sem perder o tom e a bossa, em um dos momentos mais técnicos e, ao mesmo tempo, divertidos do show. Virtuosidade e carisma!
Para a densa "Visions (Southern Cross)", a bateria alquebrada de Rolf Pilve em ascendência determina o andamento frenético, num brilhante momento de impecável condução, apoiada pelo baixo de Lauri em dub no intenso diálogo! Em mais um grande momento de sua performance Timo aposta nas tessituras agudas e evolui, em meio a modulações e vocalizes de extrema complexidade técnica, em uma melodia repleta de ousadia e dinâmica.
Mais um inspirado momento do espetáculo surge na execução da belíssima introdução em balada para "Black Diamond", para mais uma impactante performance vocal de Kotipelto. Evoluindo para o frenético andamento heavy em sua porção média no segundo movimento da melodia, apresenta grandes variações e ousadia, em perfeitas fusões entre andamentos díspares.
Encerrando a apresentação, o precioso solo do teclado de Jens Johansson explora tessituras que vão desde a sonoridade organística, até o delicado e bem temperado cravo do baixo medievo, em um dos momentos mais estéticos da apresentação. Wonderful!
Após a execução da clássica "Forever", encerrando a apresentação, o impressionante solo da bateria de Rolf Pilve, em mais um
instante de técnica e dinamismo na apresentação. Amazing!!!
Para o momento do bis, foram reservados grandes sucessos da carreira da banda, como "The Kiss of Judas", "Unbreakble" e a enérgica "Hunting High and Low".
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