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Ok, Ok, Ok: Gilberto Gil em São Paulo

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Publicada em 26, Jun, 2019 por Marcia Janini


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Na noite do último sábado, 22 de junho, Gilberto Gil realiza show inaugural de sua nova turnê "Ok, Ok, Ok" em São Paulo, subindo ao palco do Tom Brasil por volta das 22h30.

Iniciando a apresentação, a suave e reflexiva "Ok, Ok, Ok" traduz em sua melodia esparsos elementos do maracatu nas conversões, em meio ao inteligente e atual trocadilho nos termos da letra fluida.

Com aura standard, o samba canção na cadência da bossa-nova "Quatro Pedacinhos" traduz em sua letra malemolente os dilemas do amor romântico de maneira descontraída, com melodia bem pontuada pelos belos acordes do violão de Gil.

Na introdução elementos do coco se fundem à estrutura de marcha-rancho de "Sereno", que evolui para um delicioso samba sincopado, que traduz no ostinato da percussão aliada aos suaves backing vocals de Nara Gil, que remontam ao canto popular das canções de ninar, a memória afetiva dos ancestrais (mães e avós), conforme expresso na belíssima letra. Bom momento da apresentação!

Para "Uma Coisa Bonitinha" (João Donato) a estrutura introdutória na cadência suavizada do afoxé evolui para sonoridade urban bem pontuada pelo bem temperado teclado de Danilo Andrade, aliado ao bom trabalho da bateria cadenciada, emoldurando com elegância o vocal descontraído de Gilberto Gil, em ponto alto da apresentação.

Na clássica "Lugar Comum", em parceria com João Donato, surge inspirada releitura na introdução potente em cadência de maracatu, prosseguindo na modernizada bossa-nova com o brilhante trompete traduzindo atmosfera jazzística na conversão aos refrões. Traduzindo maior dinâmica, a incrível backing vocal Nara Gil surge com seu timbre límpido e aveludado, em modulações simples, entretanto de grande efeito estético.

Em flerte com o pop na melodia em crescendo nas conversões, bem marcadas pela ousada percussão que se alia ao teclado com propriedade, "Lia e Deia" traz ainda na letra repleta de lirismo o contraponto perfeito para a canção. Grande momento do espetáculo.

Para "Pai e Mãe", canção que explora a temática de reminiscências na letra, surge o suave acompanhento da percussão de Domenico Lancelotti, aliada aos violões em belíssimos arranjos nos dedilhados precisos, traduzindo forte carga dramática à melodia. O vocal de Gil, em crescendo nas finalizações surge como mais um grande momento de sua performance.

Após o samba "Yamandú" (homenagem ao violonista Yamandú Costa) repleto de preciosos elementos e tessituras, a suave "Prece", seguida pela clássica "Se Eu Quiser Falar com Deus" marcam momentos intimistas no show, em momento de total entrega de Gil ao seu público, figurando solo no palco. Lindo de se ver e ouvir!

Trazendo a viola de ponteio na introdução em vigorosos dedilhados, a bem humorada "Jacintho" contrasta entre a seriedade da melodia, determinada pelo surdo cadenciado da percussão densa permeada pelo roncar da cuíca, e os divertidos trocadilhos da letra, em uma das mais impactantes e criativas cançôes apresentadas na noite! Great!

Para "Sol de Maria" os brilhantes acordes do violão emolduram a letra (em homenagem à sua primeira bisneta), em mais um instante de pura delicadeza. Ascendendo para uma finalização poderosa, os instrumentos em frenéticos acordes determinam com propriedade a intensa variação dinâmica.

Descontraída, num delicioso flerte com o pop, "Na Real" traduz grande dinamismo na construção melódica, em um dos momentos mais divertidos da apresentação. Nota para a presença marcante dos metais de Thiagô Queiroz e Diogo Gomes. Amazing!

Para "Seu Olhar", na cadência do soul bem determinada pelos metais e pelo fraseado vocal, surge mais um bom momento da apresentação.

Além destas canções "Kalil", "Tocarte", "Opachorô", e clássicos como "Nossa Gente (Avisa Lá)" e "Maracatu Atômico" constaram do set list da apresentação, bem como a inspirada releitura para "Pro Dia Nascer Feliz" (Cazuza).


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