No More Tours 2: Ozzy Osbourne em São Paulo
Publicada em 14, May, 2018 por Marcia Janini
Na noite de domingo, 13 de maio, o "príncipe das trevas" Ozzy Osbourne realizou mais um show da turnê mundial No More Tour 2, que anuncia sua aposentadoria dos palcos, no Allianz Parque em São Paulo.
Com início às 21h30 no telão/ciclorama vídeo apresentou diversas imagens da carreira de Ozzy ao som de Carmina Burana (Karl Orff), em meio ao impressionante aparato cênico e iluminação primorosa.
Após a explosão sonora de "Bark at the Moon" e a execução da clássica "Mr. Crowley", a dinâmica "I Don´t Know" trouxe os riifs alucinantes da guitarra de Zakk Wylde e a bateria conduzida com perícia por Tommy Clufetos no andamento frenético do classic metal, emoldurando o potente e único vocal, de timbre personalizado, de Ozzy.
Cadenciada na introdução de "Fairies Wear Boots" a bateria segue afretando em evoluções criativas e nada convencionais, permeada pela guitarra em glissandos cromáticos (slides). No perfeito contraponto, surge o baixo em dub de Robert Trujilo, auxiliando na densa ambientação da tétrica melodia. Em mais um bom momento de sua performance, Ozzy explora fraseado vocal ralentado e cheio de efeito, trazendo tessituras e acentos agudos para seu registro vocal em um importante momento da apresentação!
A urgente e cadenciada "Suicide Solution" mantém a densa atmosfera explorada na canção anterior, com predomínio da precisa condução da bateria permeada com graça pelos gélidos acordes do teclado de Adam Wakeman em suspensão, apoiando o forte vocal de Ozzy. Solos em cromatismos da guitarra de Wylde nas conversões ao refrão traduzem variações dinâmicas de peso à melodia. Great!
Em mais um ponto alto da apresentação, surge a imponente "No More Tears", seguida pela deliciosa balada "Road to Nowhere" que traduz emocionante momento do show no bem colocado vocal de Ozzy, permeado com graça pelos arranjos perfeitos da dedilhada guitarra de Zakk, em diálogo com a poderosa condução da bateria de conversões perfeitas em ascendência na finalização dos refrões.
Grandiosa na introdução, a bateria cadenciada de Tommy Clufetos conta com o apoio dos tétricos arranjos do teclado e dos riffs altos da guitarra para "War Pigs". Em um dos mais emblemáticos instantes de sua performance individual, o vocal potente de Ozzy em tonalidades graves surge em toda sua extensão, encerrando um dos mais impactantes pontos do show. Amazing!!!!
Descendo até o fosso entre palco e plateia, para delírio dos fãs, Zakk Wylde realiza seu impressionante e impecável solo de guitarra no medley entre as canções "Miracle Man/ Crazy Babies/ Desire/ Perry Mason" em um momento de grande inspiração, demonstrando todo seu enorme talento, versatilidade e carisma. Bateria surge em diálogo aberto com o dinâmico instrumental desenvolvido pela guitarra, abrindo espaço para seu próprio solo.
Em um show de agilidade, dinâmica e ousadia, o solo da bateria de Clufetos surge, igualmente impactante, em cascatas de pura vibração e energia.
"Flying High Again" traduz descontraído instante do show com sua envolvente melodia, na cadência constante do hard rock, trazendo esparsos elementos da sonoridade pop 80's em seu bojo. Nos refrões, a guitarra em tonalidades rascantes de Wylde alia-se aos interessantes acordes do teclado de Wakeman e ao andamento constante desenvolvido pela bateria, em evoluções de extrema desenvoltura e técnica.
Mantendo a mesma ambientação, a melodia de "Shot in the Dark" em sua deliciosa correspondência com sonoridades pop, bem pontuadas pela cadência desenvolvida pela bateria e pelo fraseado vocal seguro de Ozzy, traduz raro momento de leveza e descontração na apresentação.
Além dessas canções os hits "I Don´t Want to Change the World", "Crazy Train", "Mama I´m Coming Home" e "Paranoid" também surgem contemplados no setlist da apresentação, encerrando momentos especiais.
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