Heavy Night: Children of Bodom em São Paulo
Publicada em 29, May, 2016 por Marcia Janini
Na noite do último sábado, 28 de maio, o Carioca Club recebeu a banda Children of Bodom, para mais um show de sua turnê "I Worship Chaos", após passagem pela Argentina e outros paÃses da América Latina.
Abrindo a noite, os brasileiros do Reckoning Hour sobem ao palco religiosamente à s 19h00, com a diversificada "What Really Matters".... Repleta de interessantes variações dinâmicas, a suavidade extraÃda de clássicas sonoridades em progressão surge emoldurada pela correspondência entre vocais agudos e intensos guturais, demonstrando grande versatilidade para a ambientação tétrica em vertiginosos riffs rascantes das guitarras. Relevante!
A ágil "Eye for an Eye" com introdução frenética determinada pela bateria poderosa, de extrema agilidade, permeada por dedilhados em glissandos das guitarras surge como bom diferencial apresentando elementos de sonoridades como progressive e symphonic metal, aliados à vertentes clássicas.
Cadenciada na bateria ralentada em contraponto com os ácidos e profundos acordes das guitarras "Dead Man Walking" traduz toda a fúria e peso metal em acordes intensos.
Encerrando sua passagem pelo palco "Times of Trial" surge urgente, repleta de crÃtica social em uma melodia bem construÃda, de andamento marcante, totalizando uma apresentação linear, de bom teor estético.
Com inÃcio à s 20h00, Children of Bodom executa "Are You Dead Yet?", seguido pela explosiva "In Your Face".
"Morrigan" traz pronunciadas alterações em andamento e cadência, trazendo guitarras distorcidas em afinação padrão, riffs em slide permeando as conversões e bateria forte, cadenciada, ascendendo para agilidade frenética. Os vocais em passeio por diversas alturas, indo dos agudos autênticos e cavernosos guturais impressiona pela técnica e timbre diferenciados em bom momento da apresentação.
A bateria em progressão e cadência em linhas descendentes de "Sixpounder" realiza perfeito contraponto com o baixo em dub, suavizando a introdução e entrando em dissonância com a avalanche sonora que se segue, apresentando sonoridade em alternâncias difusas. Ousado!
Para a intensa "I Hurt", deliciosos acordes dedilhados das guitarras em cromatismos explorando linhas melódicas clássicas do heavy aliados ao potencial vocal e à bateria constante fazem deste um especial momento do show.
"Trashed, Lost & Strungout", um dos grandes hits da banda traduz na introdução acordes em suspensão do bem pontuado teclado, que permeia melodiosamente e cheio de garbo a melodia, suavizada, na fusão entre progressões que remetem ao hard rock de linhas clássicas e o poder do heavy metal. Genial!
A introdução em riffs rápidos em junção com slides de "Everytime I Die" traz na guitarra base acordes rascantes que aliam-se à frenética condução da bateria, em uma melodia dissonante, onde na estranheza dos bequadros e breaks estratégicos apóia-se a força enérgica do refrão. Criativo e intenso!
Após a canção hino que intitula a banda, "Hate Me!" e "Lake Bodom" chegam com toda a aspereza de acordes duros em cordas solapadas e vocais viscerais. Ascendente em cascatas sonoras, os saltos e acidentes entre os acordes de intrincadas linhas melódicas traduzem mais bons momento da apresentação.
Com alto reforço de bass, "I Worship Chaos", que intitula o novo álbum e a tour, explora com propriedade profundos guturais e sonoridades graves, suavemente permeadas por dedilhados esparsos da guitarra melódica em sonoridade diferenciada.
A fúria metal de "Silent Night, Bodom Night" traduzindo nas guitarras altas de acordes encadeados e na explosiva bateria o suporte para a letra forte, surge como um dos mais importantes momentos do show. Inteligente, o teclado surge fundindo-se às guitarras, trazendo som encorpado ao acelerado andamento.
Finalizando a noite, a intensidade de "Hate Crew Deathroll".
Para o momento do bis, a banda reservou "Children of Decadence", a densa "Kissing the Shadows" e "Downfall".
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