Unterwelt Tour: Lacrimosa em São Paulo
Publicada em 12, Dec, 2015 por Marcia Janini
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Subindo ao palco do Carioca Club às 21h45 da última terça-feira, 8 de dezembro, os alemães do Lacrimosa trazem em grande estilo os grandes sucessos de sua carreira, além de canções de seu atual trabalho.
Com simplicidade, o cenário apresenta espesso véu branco cobrindo parcialmente os instrumentos, criando um bonito efeito visual em contrate com a caixa-preta do palco. Telão de fundo apresentava imagens relativas à banda e suas canções em p&b e o belo esquema de iluminação auxiliaram na criação de aura clean ao espetáculo.
Iniciando com o grande sucesso "Lacrimosa Theme", traduz importante ponto de sinergia com o público já nos primeiros instantes da apresentação.
A segunda canção "Der Kelsh der Hoffnung" traduz a fusão de variados estilos do rock, com a estrutura repleta de variações dinâmicas tÃpica do rock progressivo, acentos vocais extraÃdos do metal melódico e bateria cadenciada própria do movimento dark wave. Interessante!
Com seu timbre vocal único, diferenciado, Tilo Wolff passeia em intrincadas evoluções de extrema complexidade técnica, executando modulações nada óbvias, como em "Kaleidoskop". Importante mudança de andamento e cadência surge próxima à finalização da melodia, antecedendo versos declamados, tornando a canção extremamente densa, inspirando-se no cancioneiro medieval. BelÃssimo momento do show!
Melancólica "Schakal" surge com os doces acordes do teclado de Anne Nurmi permeando com graça e elegância a melodia, que segue em crescendo até a grande verticalização do refrão. Em junção com acordes dissonantes e repletos de cromatismos do heavy metal a segunda parte destaca-se do restante da melodia, em vertiginosa alternância de andamento e cadência. Inusitada e ousada composição!
Brilhante, Anne demonstra um pouco de todo seu grande carisma e beleza vocal na inspirada interpretação de "Stolzes Herz". Dotada de grande extensão vocal e extrema perÃcia técnica, explora tonalidades doces e suaves com grande desenvoltura num dos mais belos momentos do show.
Na cadência da dark wave com influências no industrial, "Apart" surge como um dos gratos momentos da performance individual de Wolff.
Cadenciada, de andamento ralentado com acordes em suspensão e estrutura em rondó remetendo à sonoridade do baixo medievo, "Crucifixio" surge como mais um bom momento do show.
Sombria "Alleine Zu Zweit" surge explorando tonalidades graves e cadenciadas na melodia. O desalentado vocal de Wollf surge mordaz e urgente, em uma composição diferenciada em forma e estilo. Com forte apelo clássico na finalização, traduz um dos momentos mais significativos do show.
A deliciosa cadência dark wave de "Feuer" traz um dos momentos de maior dinamismo da apresentação, com vigorosa performance de Wolff, seguida pelo grande sucesso "Unterwelt". Digna de menção a exÃmia condução da bateria nestas execuções, exibindo grande perÃcia em primorosas performances.
Majestosa surge Anne para a execução de "Thunder and Light" em cadência de metal. Seu timbre firme, explorando tonalidades altas em alternâncias inusitadas também lhe confere um dos mais belos momentos da apresentação.
Finalizando o show, a belÃssima suÃte "Apeiron - Der Freie Fall, Part II" surge com arranjos grandiosos da orquestra em samplers. Aos riffs poderosos das guitarras em distorção, alia-se o acompanhamento cadenciado da bateria e os acordes suspensos do teclado, que determinam maior densidade e ar tétrico à composição. Grande momento!
Para o momento do bis, foram reservadas as execuções de "Irgendein Arsch ist immer unterwegs", "Keiner Schatten Mehr" e "Ich Bin Der Brennende Komet".
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