Marduk na Clash Club
Publicada em 20, Apr, 2015 por Fabiano Cruz
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Sábado dia 18/04 a casa Clash Club foi mais uma vez palco de um show extremo, casa que vem abrigando boa parte dos shows de Death e Black Metal, dessa vez abrigando mais uma apresentação do Marduk em terras brasileiras, promovendo o trabalho recém lançado Frontschwein.
Marcado para começar as bandas de abertura às 19:00, pontualmente In Soulitary entra em palco; a banda, um pouco diferente das outras atrações, aposta em um Heavy Metal mas tradicional com algumas pitadas do Thrash e do extremo. Com a casa ainda com pouco público, e prejudicados pela qualidade do som – mal ouvíamos os teclados e em boa parte do tempo a guitarra e o baixo ficaram com o som embolado – a banda fez uma apresentação consistente passando por cima dos problemas, com uma boa presença no palco do vocalista Marcel Briani. Set calcado no único trabalho da banda, Confinement, In Soulitary se destacarou com a execução de River of Souls e Raven King.
Sem muita perda de tempo, os cariocas do Castifas, já bem cultuados no cenário extremo nacional, entraram com seu tradicional Black Metal calcado nas raízes do estilo. Lançando no dia o novo trabalho Bloodlust and Hate, a banda intercalou já conhecidas musicas de seu trabalho com as matadoras Screams And Torment e Kingdom of Satan. A banda é muito coesa em palco, sua sonoridade sem muitos efeitos e a dinâmica das composições tornam o trabalho do Castifas grandioso, isso sem mencionar a qualidade técnica ímpar de cada instrumentista. O ponto alto da apresentação ficou por conta de Sons of Lucifer, onde o som arrastado foi o palco perfeito para que o público cantasse junto e a banda fizesse uma ótima performance.
Mesmo com o tempo muito bem cronometrado, antes do Marduk subir ao palco presenciamos algumas cenas ate mesmo hilárias, como detalhes de equipamentos sendo ajustados no ultimo minuto e a produção ter deixado (ou esquecido?) do fundo de palco da principal banda, o que acarretou na produção levantando o pano de fundo enquanto membros do Marduk, já preparados – e claramente irritados com a situação – passando o som.
Mas isso não estragou a apresentação. Mortuus, Morgan, Devo e Widigs ja começaram com a faixa título do novo trabalho Frontschwein seguida de The Blond Beast; em poucos minutos o som caótico da banda tomou conta de todos. Com um som limpo e extremamente alto, a banda mal se comunica com o público, mandando pedrada atrás de pedrada – inclusive o som é sem pausa no show do Marduk, pois entre as músicas a banda utiliza de efeitos e ruídos causando certo torpor aos presentes -; apesar de sons mais atuais como The Levelling Dust, é nos clássicos que o público “bate cabeça”: Burning My Coffin e 502 foram simplesmente avassaladoras. O final com Warschau e The Black...ficou um clima de “vazio”; além da performance que deixou os fãs atônitos, a apresentação de uma hora e alguns minutos foi pouco, sendo que muitos ficaram esperando a banda voltar – talvez o lado negativo da apresentação ficou ai, pois ainda que a casa abrigaria outra atração mais tarde, daria tempo para mais uma ou duas canções.
O resultado foi excelente no final, mesmo com os pesares e os shows bem curtos; mas o ataque sonoro do Marduk compensou esses lados negativos. Destaque para a produtora, a qual já avisou que esse ano será bem cheio em relação ao metal extremo, com bandas vindo ao Brasil que nunca antes vieram, e já deixando anunciado Taake para esse ano. Os fãs de Black Metal agradecem!
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