H2O na Clash Club
Publicada em 19, Jan, 2015 por Musicao
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No ultimo sábado (17), a maior metropole sem água do mundo recebeu um presente que não veio de São Pedro: os novaiorquinos do H20, um dos maiores nomes do hardcore melódico Straight Edge.
O evento muito bem organizado na Clash Club recebeu como primeira banda a ótima Mais Que Palavras, de Brasília, que apresentou um hardcore ao melhor estilo NY com passagens melódicas muito interessantes e letras sempre positivistas, marca registrada do estilo e do evento. Deixou claro que Brasília está com uma cena fortissima do gênero! Destaque para o vigor do vocalista Manoel, frontman de primeira!
Na sequência, os santistas do Bayside Kings tomaram o palco de assalto e com um publico já um pouco maior que transformava a pista da clash em um pandemônio. A recente troca de guitarrista não pesou negativamente para a banda, que manteve a pegada que os transformou em uma das bandas referenciais da baixada santista. Logo de cara, fica evidente a influência dos caras pela interação do publico, que forma circle pits durante o show inteiro e canta as músicas como num dueto com o vocalista Milton.
A próxima banda, One True Reason, chama atenção de cara por ter apenas 1 guitarrista em sua formação. E eles confirmam que não precisam de mais, o cara segura a bronca com propriedade. O OTR segue a mesma linha das bandas anteriores, o hardcore NY que viaja entre o Sick Of It All e o Biohazard. A banda ja é figura carimbada na cena paulista e confirmou com o público, já maior que não parou um Segundo. E a Clash já se transformava em uma sauna para a última banda de abertura.
Os veteranos do Questions, uma das bandas mais respeitadas e cultuadas do gênero no Brasil subiu ao palco destilando a mensagem de positivismo e respeito característicos da banda. Pablo Menna segura a guitarra sozinho com maestria, amparado pelo baixista Hélio Suzuki e o ótimo e veloz baterista Duz. Entre um som e outro, o frontman Edu fazia discursos sobre justiça, respeito e irmandade. Com o lugar já lotado, eles mostraram porque são já ha muitos anos um dos pilares do hardcore brasileiro.
Com o calor infernal da Clash já completamente lotada, o H2O sobe ao palco com pontualidade para lavar a alma dos presentes e o chão Clash de suor com um show irretocável.
O simpático vocalista Toby Morse faz um trabalho impressionante, dominando o lugar, o palco e o público, ensandecido desde a abertura com um hino dos mais recentes da banda, “Nothing To Prove”, título do último disco lançado no já longínquo ano de 2008. Disco que, aliás, norteou o setlist do H20, que intercalou os sons de Nothing To Prove com outros hinos de épocas mais remotas da banda, como “One Life One Chance”, “Thicker Than Water” e “Family Tree”.
O show teve direito até a presença de Toby no meio do publico, visivelmente emocionado com a recepção calorosa (em todos os sentidos) e a devoção dos fãs presentes. Além das mensagens de respeito, união e PMA (positive mental attitude, um slogan conhecido dos caras) citações em homenagens a bandas como Pennywise, 7 Seconds e Sabbath. Em outro momento especial do show, a presença de Manoel, vocalista da Mais Que Palavras no palco junto a Toby evidenciou ainda mais o clima festivo e fraternal do show. Em um momento épico, o palco foi tomado completamente pelo público que celebrou o momento com a banda.
Após um curto hiato, voltaram para encerrar o show em seu bis com “What Happened” colocando ponto final em um show impecável, tanto das bandas como de publico e organização. Numa cidade em que sentimos a falta da água ultimamente, o show do H2O ficou melhor que a encomenda!
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