Death To All no Via Marquês
Publicada em 11, Sep, 2014 por Ya Amaral
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Impossível falar sobre o show do DTA (Death To All) sem relembrar que a turnê vem sendo realizada por grandes mestres da música, consagrados como lendas. Steve DiGiorgio e Gene Hoglan, mais convidados, entraram nessa turnê em homenagem a carreira do Death de tempos em que tínhamos Chuck Schuldiner: O real nome do Death.
O evento começou com a apresentação de duas bandas paulistas, D.E.R e Test, que têm uma característica muito peculiar, o baterista das duas bandas é o mesmo, até aí normal, mas a apresentação de ambas se deu no mesmo tempo e espaço. Isso mesmo, as bandas tocaram juntas músicas diferentes somente com a linha de bateria idêntica, a explicação de toda essa ‘barulheira’ é a divulgação do Split “Otomanos” com essa proposta diferente lançada pelas bandas em conjunto. O som do D.E.R é composto por duas guitarras, um baixo e um vocal, o que deveria tornar a performance mais redonda, porém quem se destacou ali foi o Test, que contava apenas com o vocalista e guitarrista João Kombi e o baterista Barata, ambos com particularidades que se distam de tudo que vemos acontecer hoje no Brasil e muito provavelmente no mundo. Em suma, a abertura foi totalmente voltada ao baterista, como um culto em toda sua genialidade.
Apesar da excelente abertura o público ansiava pelo show do DTA, e nos poucos minutos entre uma banda e outra a emoção contaminava o lugar, gritos de alegria por todo o lado: “Death! Death!” e então o monstro surge no palco, com “Out Of Touch/The Philosopher” deu as boas vindas à casa paulista Via Marquês, às 21h. Impossível ficar parado, as pessoas se agitavam como uma corrente, e cantaram do início ao fim em coro. A presença de Max Phelps como front man seguiu até o final da primeira parte do set list que contou com “Leprosy”, “Left to Die”, “Living Monstruosity”, “Lack Of Comprehension” até “Symbolic” que é quando realmente os fãs começam a chorar. A performance de Steve DiGiorgio nos deixou arrepiados, suas mãos ágeis e fiéis a carreira da banda davam um show a parte.
Steffen Kummerer (líder da banda Obscura) desperta a partir de “Symbolic” uma emoção ainda mais incontrolável, e segue com simpatia e energia seu repertório até “Overactive Imagination”. A interatividade da banda com o público superou expectativas, desafiaram até mesmo um fã a subir no palco e pegar a camiseta da turnê da banda, encerrando assim outra parte do espetáculo. Nesse momento toda a banda toda saiu do palco, como quem já está pronto para o bis, o que deixa alguns um tanto decepcionados ao aguardo de músicas do primeiro álbum “Scream Bloody Gore”, e outras clássicas. Então quando voltam, Max Phelps reergue sua B.C. Rich e com o clamor do público por “Zombie Ritual” o riff insano começa a rolar, e todos já o sabiam cantar de cor, num grande “Oh oh oh!”. Os comentários durante o show eram sobre mais músicas clássicas, como “Trapped In a Corner”, “1000 Eyes”, porém essas foram deixadas de lado e no lugar pudemos apreciar “Crystal Montain” e “Pull The Plug” finalizando o show com chave de ouro.
As ilustres figuras se juntaram na frente do palco, jogando palhetas, acenando, Steve DiGiorgio tirava muitas fotos do público, e tanto durante quanto depois do show agradeceu o tempo todo no microfone sempre ressaltando a importância da turnê em homenagem ao colega, grande compositor, Chuck Schuldiner. Ao abandonarem o palco a sensação de positividade era imensa na casa, todo o público estava extremamente emocionado com a apresentação inédita e insubstituível do Death To All.
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