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Hibridismos No Rock Nacional Em Dose Dupla

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Publicada em 23, Apr, 2013 por Marcia Janini

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Comemorando o retorno operacional de uma das rádios mais tradicionais de São Paulo, o Espaço das Américas recebeu no último dia 19 de abril duas das bandas ícones da fusão entre rock e sonoridades brasileiras: Raimundos e O Rappa.

Subindo ao palco por volta das 22h30, o Raimundos contagiou os presentes com sua costumeira mistura entre hard rock, heavy metal, hardcore, ska, punk, reggae, baião, forró “pé de serra” e sonoridades tipicamente nacionais às letras satíricas e bem humoradas.

Mestres da descontração, o “malandro” triângulo nordestino brilhou soberanamente, apoiado pela distorção da guitarra metaleira. Estruturas de rondó aliam-se com precisão à bateria cadenciada e contundente do rock.

Neste caldeirão de estilos, o ska, o punk e o reggae determinam vertiginosas variações dinâmicas em cada canção executada, com graça e estilo, fator que os consagrou como uma das mais prolíficas e criativas bandas da história do rock nacional 90`s.

Fraseado vocal rápido, típico do universo black e street do hip hop em meio a riffs rascantes e intrincados solos de guitarra, passeando por um amplo leque de vertentes, indo do surf rock ao trash, traz no seu bojo os ingredientes de um caldeirão bem brasileiro, brejeiro, ousado e irreverente!

A banda executou grandes clássicos de sua carreira como “Esporrei na Manivela”, “Rapante”, “Mulher de Fases”, “Palhas do Coqueiro”, “I Saw You Saying”, “A Mais Pedida”, “Reggae do Maneiro” e “Puteiro em João Pessoa”. Nota para as execuções de “Zóio de Lula” com a participação de Alexandre, filho de Chorão em póstuma homenagem ao intérprete recentemente falecido e “Eu Quero Ver o Oco”, com Egypcio e integrantes do Tihuana.

O Rappa domina a cena à partir da 1h15 trazendo uma introdução jazzística em meio aos samplers e “viradas” inteligentes do DJ na cadência do hip hop. O ragga vertiginoso surge esparsamente, ambientando a sequência musical.

Trazendo o peso do hardcore mesclado ao fraseado vocal ligeiro do hip hop, “Lado A, Lado B” inicia a apresentação já com ponto alto de identificação do público.

Na sequência, canções que abordam as críticas sociais na junção entre o revoltado e pesado hardcore, aliando-se à vertentes insusitadas como o reggae e ska, passando por sonoridades oriundas do samba de partido alto, do samba-rock, vocalizes extraídos de vertentes africanas tradicionais e da soul music, latinidades com elementos extraídos do zouk traduzem-se em melodias criativas, intrincadas e de excepcional paisagem sonora, em mais uma boa apresentação da banda.


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