Vertentes do pop rock - Roxette no Brasil
Publicada em 16, May, 2012 por Marcia Janini
Na última quinta-feira, 12 de abril, a dupla sueca Roxette apresentou-se no Credicard Hall para cerca de 6 mil pessoas em mais uma brilhante apresentação com recorde de público e lotação da casa esgotada.
O aparato cênico simples, porém de extremo bom gosto estético, demonstrava motivos florais de inspiração oriental e privilegiado esquema de iluminação em tons púrpura e rosáceos, provocando belos efeitos de luz no ciclorama, que adquiria tonalidades neon.
Com início às 22h00 a apresentação já iniciou com forte momento de descontração, na execução da divertida “Dressed for Success”, na cadência contagiante do pop rock.
Marie Fredriksson surge em primorosa forma vocal, explorando bem modulações e solfejos com a mesma técnica e perícia que a consagrou com uma das mais belas vozes do cenário pop nos anos 90.
Com o costumeiro carisma e irreverência nas atitudes, demonstrando o prazer de cantar e tocar para seus fãs, Per Gessle também realizou belíssimas performances solo, tanto instrumentais quanto vocais.
Apresentando breaks estratégicos de apoio ao refrão em acordes soltos, “Sleeping in My Car” surpreende também na bela participação das guitarras em riffs contundentes em um acompanhamento inusitado aos backing vocals.
Na cadência do soft rock “The Big” traduz belos arranjos das guitarras distorcidas, com afinação voltada às vertentes do classic metal. Importante a participação dos teclados nas conversões para o refrão.
A linda balada “Silver Blue”, com suave acento celta na bateria cadenciada em recursos percussivos, onde a dupla divide os vocais, apresenta-se como um dos pontos especiais da apresentação, devido à belíssima performance dos vocais, afinadíssimos e melodiosos de Marie e Gessle.
A interessante “Stars” traduz recursos modernizantes na presença dos sintetizadores, em uma melodia suave e ao mesmo tempo atual.
Impactante a finalização de “She’s Got Nothing On”, com riffs de guitarra ascendentes e bateria na evolução pesada do metal, em mais um bom momento do show.
Com belíssima e suave introdução do teclado, “Perfect Day” angaria a imediata aprovação do público na inspirada interpretação de Marie, onde se observa toda a técnica e expressão de seu timbre vocal diferenciado, crescendo maviosamente em notas oitavadas repletas de lirismo.
“Things Will Never Be the Same” traz para o palco o ar despretensioso do folk, determinado pelo violão de acordes suaves... Dividindo mais uma vez o vocal, a dupla denota no fraseado vocal suaves elementos do folk nos arranjos da melodia e na simbologia da letra.
Iniciando em cadência eletrônica, voltada para o eletro “His Possible” realiza uma interessante fusão entre o tom de modernidade do eletrônico e o rock-a-billy em sua construção melódica, revelando um pop atual e gostoso de ouvir... Mais uma vez o privilegiado vocal de Marie, desta vez jovial e descontraído, surge brilhante na interpretação da letra.
Traduzindo aura de liberdade, a adoção de recursos estilísticos que remontam ao psicodelismo 60’s na melodia de “7 Twenty 7” ascende para uma contagiante explosão de energia, tendo como principal curinga a bateria cadenciada nas conversões entre refrão e estrofes.
Além destas canções, sucessos que marcaram a carreira da banda como “How Do You Do?”, “Dangerous”, “Joyride”, “The Look”, “Listen to Your Heart” e “Spending My Time” fizeram parte do seleto set list que pontuou as fases mais importantes da carreira da dupla, nesta memorável apresentação.
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