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Swing Out Sister: Jazz clássico com influências oitentistas

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Publicada em 05, Sep, 2011 por Marcia Janini

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No último sábado, 03 de setembro, o HSBC Brasil recebeu em seu palco um dos ícones da música pop em final dos anos 80, a dupla inglesa Swing Out Sister, formada por Corinne Drewery e Andy Connell em apresentação suave e pautada na cadência do smooth jazz.

Iniciando a apresentação, a suave e intimista “Surrender”, desponta num delicioso swing pautado pela excelente percussão, remetendo à sonoridade moura do oriente médio, com finalização belíssima, apresentado vocalizes potentes e bem modulados de Corinne e sua backing vocal.

Nota para a versão suavizada de “Breakout”, melodiosa, num andamento dolente e gostoso, ampliando a belíssima exibição do violoncello, numa inusitada finalização, o clássico “I`ll Be There” (The Jackson 5) como música incidental. Diferente e ousada versão, de um lirismo excepcional.

O trompete, em solo na introdução e finalização de “You on My Mind”, surge vigoroso, dominando a melodia em notas firmes, chegando mesmo a determinar o tom da melodia em certos trechos, sobrepondo-se à bateria e percussão.

Em “Twilight World”, é digna de menção a perfornance solo da backing vocal, com seu timbre incomum para uma mezzo-soprano, vocais bem projetados de afinação ímpar, e extensão vocal potente, numa correspondência perfeita com a sonoridade grave do violoncello, em privilegiados arranjos nesta melodia.

“Don`t Say The World” traz a intensa participação do público no estilo de uma alegre jam session, onde Corinne, literalmente, brinca nas modulações e projeções de seus vocalizes, num interessante momento de sinergia com o público, revelendo-se um ponto alto da apresentação.

Remetendo ao andamento de um bolero moderno na fusão com o jazz, a contagiante suavidade traduz atmosfera romântica e densidade à melodia de “All in Your Mind”, explorando sonoridades latinas com rítmica rica em significados, determinada pela precisão da percussão, altamente criativa.

A introdução em solo do violão de aço, para a clássica “Am I The Same Girl” traduz forte diferencial nos arranjos, entretanto, remetendo ao andamento da versão original, emu ma momento especial do show.

“Stoned Soul Picnic” e “Breakout” (reservada em sua versão praticamente original para o momento do bis), também trouxeram os maiores pontos de verticalização, onde o público pôde relembrar e curtir estes grandes clássicos.

Importante ressaltar as performances do piano de Andy Connell e da bateria, em acompanhamentos precisos, únicos e inspirados em cada canção, ora em correspondência com os demais instrumentos, ora em belíssimos momentos solo.


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