Novas tendências do eletropop: 3OH!3
Publicada em 21, Apr, 2011 por Marcia Janini
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A dupla norte-americana Sean Foreman e Nathaniel Mott que está revolucionando e quebrando vários conceitos pré-estabelecidos em música apresentou-se ontem, 20 de abril, no Via funchal, em São Paulo, para um público de aproximadamente 6 mil pessoas.
A sonoridade inusitada e moderna verificou-se já na vinheta de introdução da banda, em inusitadas fusões entre eletrorock e rap.
Num eletro pesado, remonta ao tecnopop 80`s “Starstrukk”. Extremamente dançante, põe a garotada para agitar e se divertir ao som da dissonante e divertida melodia, com riffs de guitarra esparsos nas finalizações.
Direcionando-se ao fraseado do hip hop, “Beaumont” alia-se aos poderosos agudos do sintetizador, traduzindo andamento e cadência da melodia à vertentes do black como charme e r&b.
Uma das canções de grande sucesso da banda “My First Kiss” traz ao synthpop uma dose extra de agito com elementos extraídos do house.
O eletrotrance de “Double Vision” surge como um dos maiores momentos do show em verticalização e inovação sonora, apresentando efeitos robóticos que determinam ao fraseado hip hop tonalidades bem mais interessantes em conjunto com a cadência viajante e frenética do trance.
“Colorado Sunrise” traz em sua introducão notas suavizantes que remetem ligeiramente ao country rock 70`s, ascendendo vertiginosamente para o eletro rock de andamento acelerado e pulsante. Dançante sem perder o tom, traduz energia e vitalidade num bom exemplo de sonoridade utilizada em eventos esportivos.
A excelente “I`m Not Your Boyfriend” já traz toda a malemolência do hip hop, com bateria cadenciada que aponta traços do classic rock 70`s, num perfeito casamento entre estilos eletrônicos da atualidade e suaves nuances do retrô. Refrão remete em alguns pontos à sonoridade new wave 80`s, com letra satirica e divertida.
Além destas canções “House Party”e “I Can`t Do It Alone” também constaram do set list da divertida e descontraída apresentação.
Nota para o enorme carisma e vitalidade dos líderes da banda em sua ótima comunicação e desenvoltura com o público, além da ousadia e criatividade expressas nas canções.
Num momento inesperado, Nathaniel Mott revelou-se excelente beat box, numa demonstração de grande habilidade técnica.
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