The Beats and The Best
Publicada em 17, Nov, 2009 por Marcia Janini
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No ultimo domingo, 15 de novembro, o HSBC trouxe a público todo o carisma da mais aclamada banda cover dos Beatles em âmbito mundial, The Beats, em sua nova turnê “Únicos”.
A apresentação, com início às 20h00, demonstrou o já conhecido cuidado técnico da banda em realizar, com perfeição e propriedade, réplica perfeita de vários momentos da carreira da banda de Liverpool, desde imagens e documentários expositivos sobre a história dos Beatles, até a precisão dos aparatos cênicos, com instrumentos e demais equipamentos de época e figurinos fidedignos aos usados pelos ingleses.
Durante todo o espetáculo, a excelente iluminação auxiliou na ambientação, realizando belo contraponto aos telões e ao desempenho dos excelentes e inspirados intérpretes argentinos, respectivamente Patrício Pérez (George Harrison), Diego Pérez (John Lennon), Rubén Tarragona (Paul McCartney) e Nico Natal (Ringo Starr).
A apresentação inicia mostrando a fase psicodélica e introspectiva da banda, com canções do álbum Magical Mystery Tour (1967), como “All You Need is Love”, “Magical Mystery Tour” e “Hello, Goodbye”.
Na seqüência, exposição nos telões sobre o filme “Let it Be” e interpretação de canções integrantes da trilha sonora do mesmo.
Após nova troca de cenário e figurinos, a banda retorna executando alguns clássicos do “White Álbum”, numa apresentação, até o momento calma, introspectiva e sem maiores pretensões.
A canção “Penny Lane”, após exibição de mais trecho documental nos telões sobre a história da canção, trouxe o primeiro ponto de verticalização da apresentação, com participação mais intensa da platéia.
“Lucy and the Sky with Diamonds” trouxe mais um belo momento de forte apelo visual, numa criativa e ousada formação, onde os integrantes da banda, literalmente fazem parte da capa original do álbum “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, sob grande ovação do público. Grato momento na apresentação!
Após nova troca de figurinos, a banda retorna com canções da fase rebelde em canções como “A Hard Day’s Night”, “Eight Days a Week”, dando prosseguimento com Help e outras canções da fase inicial da carreira, compreendida entre os anos de 1963/65.
Mais um belo momento da apresentação foi determinado pela execução de Yesterday por Rubén, em inspirada interpretação, em simplicidade, beleza e qualidade estética e sonora ímpares!
Em mais momentos de apresentações solo dos intérpretes, a execução de Imagine, em mais uma performance digna de nota por Diego Pérez e, finalmente , apresentação de sucinto documentário sobre George Harrison e interpretação (por Patrício Pérez)de uma de suas canções de maior sucesso.
No momento seguinte, o convidado de honra e grande atração do show, Pete Best é chamado ao palco, onde com grande carisma e bom humor, discorre sobre o início da carreira, o contrato com a EMI e sua saída precoce da banda em 1962.
Após sua rápida palestra, os integrantes da banda mediam, com o auxílio da intérprete, sucinta entrevista, onde perguntaram, entre outros fatos, sobre o porquê do insucesso da banda na Decca Records, ao que Pete atribuiu à má escolha no repertório do álbum pelos produtores.
Pete foi também convidado a contar ao público sua versão sobre fatos cômicos ocorridos durante sua permanência na banda e, assim, com excelente humor e senso de comunicação, o show man roubou a cena ao discorrer sobre a prisão dele e de Paul por incendiarem camisinhas nos camarins de um clube e da heróica e divertida luta de George para resgatar o anel perdido de Little Richard em um show na Alemanha.
Em seguida, o baterista Pete conduz a bateria de duas canções com os rapazes argentinos, merecendo destaque a precisão técnica e energia vibrante na execução de “My Bonnie”, num dos melhores momentos da apresentação.
Após a despedida de Pete e o acompanhamento de mais um trecho do filme-documentário produzido pela banda, o momento bis encerra com chave de ouro o brilhante espetáculo, ao som de “Twist and Shout”. Simplesmente “the best”!
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