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Jagermeister Rock 2008

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Publicada em 04, Nov, 2008 por Anderson Oliveira

Clique aqui e veja as fotos deste show.


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Na última quinta-feira (20), os paulistanos conferiram no Via Funchal a primeira edição do Jagermeister Rock, novo festival que povoa, ainda mais, o calendário nacional do segundo semestre. Nessa primeira edição, foi escalado o grupo nacional Sapo Banjo e os norte-americanos do Goldfinger e Reel Big Fish, ambos fazendo sua primeira turnê em solo brasileiro.

A primeira banda a entrar no palco, no horário anterior àquele marcado no ingresso, foi o Sapo Banjo, o público ainda começava a chegar e pouquíssimas pessoas puderam conferir o competente show da banda, com um show correto a banda empolgou os poucos presentes, com seu ska vigoroso e bem trabalhado, em um festival marcado por essa vertente, a organização do evento não poderia ter escolhido melhor atração para iniciar o evento. No set-list, sons como Cassino, Ferrou, Evolução, Sound System e um pequeno medley incluindo Trem das Onze/Skatapla já anunciaram o que estava por vir, é realmente uma pena que o show tenha sido curto e iniciado antes do tempo, já que, próximo de 20h20, a banda se despedia do reduzido público.

A primeira atração internacional da noite, o Goldfinger, tem muitos fãs no país e agrada ao vivo, com um cenário que contava apenas com uma bandeira estampando o logo da banda, entraram no palco às 21h00, com uma presença de palco impecável, certas vezes insana, abriram a apresentação com <i>Spokesman</i>, levantando o público presente, que até o momento preenchia aproximadamente 40% da casa. Todos os integrantes da banda realizam uma performance incrível, não param de se mexer e é impossível não se contagiar com a energia e entrega de seus integrantes. Na seqüência a banda tocou <i>Counting The Days</i> e, com uma pegada, ora cadenciada, ora mais rápida, obteve uma participação do público considerável durante toda a apresentação. Após falar suas primeiras palavras com o público, a banda chamou um saxofonista ao palco e tocou <i>Get Up</i>, o skacore da banda soa vigoroso com a presença do saxofonista e essa foi a primeira vez, de várias, que o músico veio ao palco. Na seqüência, <i>Here in Your Bedroom</i>, <i>This Lonely Place</i>, <i>Answers</i>, <i>Chris Cayton</i>, <i>Open Your Eyes</i> e <i>Mable</i> mantiveram o empolgante nível da apresentação, algo que fica claro nas apresentações do Goldfinger é a participação do público como instrumento nas músicas, era notável a presença de um imenso coro na platéia em todas as músicas, com a execução da próxima música, <i>Superman</i>, a banda, provavelmente, ganhou bons motivos para essa ser a primeira de muitas turnês que deverão ser realizadas pelo país, tamanha empolgação do público.

O show continuou com <i>My Girlfriend's Shower Sucks</i>, <i>Miles Away</i> (um dos maiores clássicos da banda), <i>Darrin Speak</i> e <i>Ted Nugent</i>, outro ponto alto do show, curto, com menos de 1 hora, mas que deixava o público satisfeito, a banda retornou após alguns minutos para o bis e tocou o cover da clássica <i>99 Red Balloons</i>, terminava ali o primeiro show do Goldfinger no país, melhor recepção seria difícil de imaginar, uma pena que o horário pegou muita gente de surpresa, e muitos fãs perderam a apresentação da banda.

O festival tinha como headliner a banda americana Reel Big Fish, às 22h15 as luzes se apagaram para o último show da noite, uma bandeira estampando o logo da banda era exibido no palco, destaque para o trabalho de iluminação, impecável nesse momento do festival.

O Reel Big Fish conta, em sua formação, com vários instrumentos de sopro, dois trompetes e um saxofone, com integrantes devidamente trajados de forma elegante, dão ao espetáculo uma aura de festa, a presença de palco dos integrantes é realmente impressionante desde o primeiro momento. Iniciaram o show com <i>I´m Hear Man</i> seguindo por <i>Everything Sucks</i> e esse início não poderia ter sido melhor, ambas as músicas funcionaram perfeitamente e o público, cansado da bombástica apresentação do Goldfinger, foi entrando no clima dos americanos, e o Via Funchal, agora tomado completamente pelo público, começou a dançar e pular, conforme a banda pedia. Com o público ganho, demonstrando muita técnica e entrosamento, o Reel Big Fish, que, ao contrário do Goldfinger, tem mais espaço no seu som para o Ska, ganhou espaço com execuções impecáveis de músicas como <i>Good Thing</i> e <i>Your Guts</i>, todas cantadas em uníssono pelo público, que interagia, nesse momento, da mesma forma como fez durante o show anterior.

O show seguiu com <i>Live Your Dream</i> e <i>Kiss Me Deadly</i>, somente nesse momento que houve uma conversa mais duradoura entre a banda e o público, onde todos sempre soltavam algum comentário e arrancavam gritos do público, essa pausa foi essencial para a execução da próxima música da banda, a clássica <i>She Has A Girlfriend</i>, um dos pontos mais altos do show, a empolgação, tanto da banda como do público mostrava que a organização havia acertado no line up, já que, com uma apresentação vigorosa, não era necessário ser fã da banda para se divertir com as músicas.

A execução em seguida do eterno clássico de Phil Collins <i>Another Day In Paradise</i> mostrou para o público que não é somente <i>Take On Me</i>, cover do A-ha, que fez a banda ser tão popular no mundo todo, destaque para os instrumentos de sopro, que roubavam a cena e entretinham o público presente, na seqüência, o surreal, a banda executa ao vivo, numa versão muito dançante, outro cover, dessa vez ainda mais ousado, <i>Enter Sandman</i>, dos americanos do Metallica foi altamente celebrada pelo público, cantada por um dos trompetistas, não pareceu uma brincadeira de mau gosto, mas provou o quão divertida pode ser um show do Reel Big Fish. A trinca <i>The Set Up</i>, <i>New Version of You</i> e <i>Somebody Hates Me</i>, executadas em uma única sequência, já tornariam a noite perfeita, mas a banda deixou para fechar o show com <i>Where You Have Been Bear</i>, com um Via Funchal que pulava e dançava sem parar. No show do Reel Big Fish, o aspecto lúdico é tão latente que até o final é divertido, com um público que não parava de gritar o nome da banda, os trompetes, tocando uma marcha fúnebre, anunciavam o fim do espetáculo, foram alguns minutos para a banda retornar e executar seus dois maiores clássicos, <i>Sell Out</i> funciona ainda mais dançante explosiva ao vivo, cantada por todos, foi o melhor ponto do show, seguida com o inusitado cover de Take On Me, do A-ha, encerrando a primeira edição do Jagermeister Rock.

O saldo dessa primeira edição pode ser definido como “ótimo”, com exceção do início do festival antes do horário, que proporcionou muitos fãs perder o show do Goldfinger; boas bandas, ótima presença de público, a proposta de muito Ska e Hardcore foi realmente determinante para o sucesso e esperamos por uma nova edição no próximo ano.


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