Entrevista com a banda Udora
Publicada em 21, Apr, 2007 por Marcia Janini
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Nesta entrevista, o Udora fala sobre a sua nova fase e a redescoberta da brasilidade de forma leve e descontraída, após show realizado no Blackmore Rock Bar, localizado em Moema, região metropolitana de são Paulo.
<b>Musicão:</b> Analisem esta fase de seu trabalho.
<b>Udora:</b> Moramos cinco anos nos EUA, em Los Angeles e estamos empolgados com nossa língua, passando por uma fase de transição, experimentando novos mecanismos numa tentativa de melhor comunicação e conexão com nosso público, visto que já realizamos nosso sonho de ir para o exterior e lançarmos lá o nosso disco. Agora entendemos o desafio de cantar em Português.
<b>Musicão:</b> Como é o processo de composição das canções?
<b>Udora:</b> As canções vão surgindo de acordo com os momentos. O Daniel compôs várias melodias e partes de letras, entretanto, todos trazem novas idéias.
<b>Musicão:</b> Quais as influências da banda na música?
<b>Udora:</b> A banda tem várias fases e ficam explícitas em várias canções as influências do que ouvimos. Atualmente, estamos num momento meio punk, entretanto, nos influenciamos muito também pela onda 80’s. The Clash, Police, Smiths, Joy Division, Queen e Beatles são marcantes em nossa trajetória.
<b>Musicão:</b> Como foi participar de uma das edições do Rock In Rio?
<b>Udora:</b> Após vencermos o concurso “Escalada do Rock”, participamos do Rock In Rio III abrindo shows para o Red Hot Chili Peppers e Silver Chair. Foi nossa primeira oportunidade de exposição em massa. Ainda éramos o Diesel e trocamos o nome da banda por causa da associação que faziam com a grife.
<b>Musicão:</b> Sobre a questão da mudança de nome da banda, que impacto isto provocou na carreira de vocês?
<b>Udora:</b> Como já tínhamos passado por outras bandas achamos natural, não foi um bicho de sete cabeças. Foi expontânea a escolha do novo nome, retrata essa readaptação pela qual passamos atualmente, de redescoberta de nossa brasilidade na música, a passagem “Good bye/ Alô”.
<b>Musicão:</b> Quais são os objetivos da banda nesta fase?
<b>Udora:</b> Estamos com vários objetivos, nos percebendo como uma nova banda, que surge com outra proposta. Nos sentimos motivados. O Daniel e o P. H. estão conosco há apenas seis meses e isso trouxe essa necessidade de renovação, redescoberta. Estamos empolgados neste reencontro com o público brasileiro e, em conseqüência, estão surgindo novas oportunidades. Ontem demos uma entrevista na MTV, hoje estivemos falando sobre nosso trabalho para o UOL, amanhã participaremos do programa Combo Fala + Joga na Play TV, então, estamos trabalhando muito e divulgando bem o nosso trabalho.
<b>Musicão:</b> Quais são as expectativas de vocês nesta nova fase?
<b>Udora:</b> São as melhores possíveis. Somos independentes, mas pretendemos formar parcerias, conseguir contrato com alguma gravadora, aumentar o contato com nossos fãs e ampliar nosso leque de atuação, divulgando nosso trabalho, além de tocar em vários lugares, em festivais e grandes eventos. Nos últimos tempos, tocamos com o Skank e vamos estar no Abril Pró Rock. As expectativas crescem cada vez mais como banda, como compositores, arranjadores e também nosso senso estético modificou-se, entretanto, ao afinco, a camaradagem e os alicerces são sempre os mesmos. Não abrimos mão de nossa vida social e de mantermos os círculos de amizade ativos.
<b>Musicão:</b> Tracem um panorama geral da música hoje.
<b>Udora:</b> Para os músicos, o panorama se afigura nebuloso, não vemos o lançamento de novos discos e o futuro do mercado fonográfico é bem incerto. Tudo está meio perdido junto com as bandas e gravadoras que comandam a mídia, entretanto, o rock e a cena independente estão surgindo com mais força, dependendo mais da criatividade do que de qualquer outra coisa para a comercialização de seus trabalhos. Mundialmente o rock e a Internet estão auxiliando neste florescimento e, apesar de tudo, mantemos uma visão otimista, acreditamos que tudo tende a melhorar no setor.
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