C´mon You Know: Liam Gallagher em São Paulo
Publicada em 19, Nov, 2022 por Marcia Janini
Na noite do último dia 15 de novembro, feriado nacional, o Espaço Unimed em São Paulo recebeu mais um show da aclamada turnê "C'mon You Know" de Liam Gallagher.
Com lotação esgotada, a apresentação teve início às 21h30, com a execução do grande hit "Morning Glory".
Trazendo a roqueira guitarra de Michael Moore em glissandos na introdução, aliadas à bateria de andamento constante e suavizado, "Rock N' Roll Star" apresenta mais um bom ponto de descontração na apresentação.
Na fusão entre o country rock determinado pela gaita introdutória e o pop rock no andamento ralentado e constante da bateria de Dan MacDougall, "Wall of Glass" traz mais um bom momento da performance vocal de Gallagher... Em slides profundos, as guitarras de afinação alta emolduram com propriedade a melodia.
Para a densa "Everything's Electric", os sintetizadores apoiam o vocal de Liam, somando-se à bateria cadenciada de andamento ralentado. As guitarras em riffs suavizados e o baixo de Drew McConnell em doom no contraponto traduzem mais um bom momento do espetáculo.
A balada pop de sucesso "Stand By Me", com seu instrumental forte determina mais um grande momento do show, onde o astro, em total sinergia com o público, entoou junto com os presentes os versos da canção. Na composição de melodia simples, os versos surgem fluidos, para mais uma interpretação inspirada de Liam, em um dos mais bonitos momentos da apresentação.
Para "Roll It Over", sucesso de Liam no Oasis, o instrumental suavizado pelos cromatismos explorados na guitarra dedilhada de Jay Mehler e pelo acompanhamento suave da percussão, afretando apenas nas conversões ao refrão, traduzem também mais um momento esteticamente belo da apresentação. Solos das guitarras em slides na finalização aliados aos arranjos crossover dos sintetizadores apontam o charme e ousadia desta canção. Atemporal!
Em "Slide Away" a roqueira guitarra de Barrie Cadogan explode em profundos rascantes altos na introdução. Bateria em cadenciado constante e baixo em dub no contraponto apoiam a força do refrão. Em um belíssimo trabalho da percussão, as conversões nada óbvias em resposta à linha melódica explorada pelo baixo surgem, traduzindo mais um feliz instante da noite.
Com o afinadíssimo coro das backing vocals na introdução, a linda "Soul Love", inspirada releitura para a canção de Beady Eye, que traz no forte cadenciado da bateria e nos violões de aço em suaves arranjos dedilhados uma pujança e uma força arrebatadoras da letra, apoiando-se no instrumental leve e delicado, permeado com graça pelo sintetizador de Christian Madden, determina mais um diferenciado momento da apresentação.
Na cadência do electro rock, bem pautado pelas inversões dos sintetizadores, que exploram acordes de notas em suapensão criando tétrica atmosfera na melodia, "More Power" apresenta mais um diferenciado momento no show.
Traduzindo elementos do classic rock de inspiração glam na introdução das guitarras encadeadas de Moore, Mehler e Cadogan, e no acompanhamento despojado da bateria, em diálogo com o baixo em doom, "Diamond in the Dark" apresenta descontração e energia. O fraseado vocal e ágil de Niam remontando às sonoridades street, traduzem deliciosa aura de ousadia à melodia.
Após a execução da roqueira "The River", pautada na cadência do classic rock, com esparsos elementos de heavy e doom metal, a balada "Once" chega trazendo o lindo instrumental suave e dedilhado das guitarras, para mais uma memorável interpretação de Liam Gallagher, emprestando forte carga dramática à letra. Great!
Já caminhando para os instantes finais da apresentação que trouxe grandes clássicos do Oasis e também sucessos da carreira solo de Gallagher, as execuções de "Some Might Say", "Cigarettes & Alcohol" e "Wonderwall" muito aguardadas pelos fãs, determinaram os principais momentos do show.
Para o momento do bis, ainda foram reservadas gratas surpresas aos fãs na execução de "Live Forever" e "Champagne Supernova".
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