O Futuro Pertence à Jovem Guarda: Erasmo Carlos em São Paulo
Publicada em 20, Dec, 2021 por Marcia Janini
Na noite de sábado, 18 de dezembro, por volta das 22h00, o "tremendão" Erasmo Carlos realizou show onde relembrou vários hits, lançando seu mais novo trabalho, um álbum de releituras de grandes sucessos da Jovem Guarda em inspiradas releituras que dá título a esta significativa turnê, trazendo a dinâmica e o peso do bom e velho rock n'roll.
Iniciando na cadência vibrante do rockabilly, a icônica canção "O Bom" (Eduardo Araújo) traduz grande vitalidade no peso das guitarras distorcidas, bem aliadas à bateria cadenciada.
A deliciosa e swingada "A Volta", imortalizada na gravação do grupo "Os Vips", antecede a delicada "Esqueça" de Roberto Carlos.
Trazendo mais uma canção swingada, traduzindo elementos do jazz/soul na linha melódica bem pontuada pelos teclados de José Lourenço "Nasci Para Chorar" apresenta também o perfeito coral, traduzindo a sonoridade doo wop em inspirados cânones.
Para "O Ritmo da Chuva" (Demétrius), toda a suavidade e delicadeza de uma canção romântica, de letra delicada, seguida pelo grande hit "Sentado à Beira do Caminho".
Em um momento especial dedicado ao romantismo, o medley entre "A Carta"/ "Gatinha Manhosa", surge como diferencial na apresentação.
Em mais um belíssimo momento, onde o teclado permeia com maestria a melodia, surge "Devolva-me" (Leno e Lílian), seguida por "Alguém na Multidão" (Golden Boys), duas importantes músicas do cancioneiro nacional, que atravessam gerações, sempre atuais e belas. Great!
A deliciosamente dançante "O Caderninho", bem pontuada pelos teclados hammond, marca um dos grandes sucessos da carreira de Erasmo. As guitarras de Luiz Lopes e Billy Brandão em acordes solapados e ágeis aliam-se ao cadenciado da bateria, em mais um bom momento do show.
Para "Quero que vá tudo pro Inferno", uma bela releitura, com acordes sensuais e cadenciados da bateria e do baixo em contraponto, ascendendo na porção média para vertiginosa variação dinâmica, pautada no hard/ heavy... Amazing!
"Vem Quente Que Eu Estou Fervendo", também apresenta uma releitura arrojada e moderna, na tonalidade frenética do hully gully, bem pontuada pela incendiária guitarra distorcida de Billy Brandão em afinação alta.
Trazendo elementos do pop/ soul "Negro Gato" antecede "É Proibido Fumar", que traduz todo um swing e aura jazzística... Como música incidental, esparsos acordes de "Smoke on the Water" (Deep Purple) nas conversões ao refrão... Inusitado, ousado e perfeito!!!
Blueseira, a nova versão para "Minha Fama de Mau" traz o diálogo vigoroso entre as guitarras, permeadas pelo baixo em dub de Pedro Dias no contraponto e as evoluções da bateria, de condução precisa.
O medley entre "Você Me Acende"/ "Eu Sou Terrível" traduz o acento country na guitarra semi-acústica, em preciso diálogo com a bateria cadenciada de Rike Frainer, em breaks estratégicos, reforçando o refrão, permeados pelo baixo em dub e pelos teclados, em dedilhados ágeis... Um dos momentos mais dançantes do show!
Em mais uma demonstração de versatilidade e precisão técnica, Erasmo e banda executam "Tijolinho" (Bobby de Carlo), mais uma dançante canção na cadência do rockabilly, seguida pelo delicioso twist de "Festa de Arromba", que encerra com maestria a brilhante apresentação.
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