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Maroon 5 - Tour 2020

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Publicada em 02, Mar, 2020 por Marcia Janini


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Na noite do último domingo, 1º de março, o Allianz Parque em São Paulo recebeu mais um show da aguardada turnê do Maroon 5, uma das bandas ícones do movimento indie pop em início dos anos 2000.

Subindo ao palco por volta das 21h00, ao som de "This Love", a banda chega esbanjando energia e velada sensualidade, na canção levemente swingada em cadência r&b, traduzindo no vocal firme de Adam Levine o delicioso acento soul. Alquebrada, a bateria alia-se ao potente baixo em dub.

Descontraído, Levine interpreta com grande leveza "What Lovers Do", explorando notas altas nos falsetes do refrão. Cadenciada a bateria segue em progressões lineares, acompanhada pelo baixo de Mickey Madden em dub no contraponto. Sintetizadores e teclados de acordes em suspensão traduzem ainda maior leveza e jovialidade à fluida melodia.

Swingadas, as guitarras explodem em ágeis rascantes para a introdução de "Makes Me Wonder". Primoroso, o trabalho da bateria de Matt Flynn adota condução nada óbvia nas conversões, em afretados ligeiros. Amazing!

Para a suave balada "Payphone", linda introdução de doces acordes de Jesse Carmichael ao teclado, traduzindo a apaixonada urgência expressa pela letra. Ascendendo em variação dinâmica, a cadenciada bateria determina o tom pop e ralentado do andamento, em cadenciado constante.

Dedilhada, a guitarra de James Valentine surge em vigorosa introdução, adotando tonalidades graves para "Wait", surgindo como contraponto ao andamento em dub da melodia, que funde à linha pop elementos street de sonoridades como o rap.

Para "Maps", acentos jamaicanos do reggae no dedilhado da guitarra aliam-se à bateria e aos elementos eletrônicos bem explorados pelos sintetizadores de PJ Morton, em uma canção dinâmica e descontraída.

Em "Moves Like Jagger", um dos grandes hits da banda, os acordes solapados da guitarra de Valentine se fundem aos acordes do teclado, que permeia com graça a melodia, apresentando predominância nas conversões ao refrão. Descontraído, Levine brilha em vocalizes complexos, de tonalidades altas, acompanhado com brilhantismo pelos frenéticos arranjos da bateria.

Contundente, o cadenciado da bateria de Flynn, em firme condução, emoldura e mantém o andamento com propriedade em "Lucky Strike", uma canção efusiva, dançante, repleta de intensas variações dinâmicas, alternando entre ralentados e ascendendo para a força do frenético refrão, em um dos mais marcantes momentos da apresentação. Great!

Após a execução da perfeita "Sunday Morning", um dos maiores hits da banda, encerrando brilhante instante da performance individual de Adam Levine, surge "Harder to Breathe", na contagiante cadência be bop da sonoridade urban. Impactante, solo da pesada guitarra de James Valentine na finalização traduz grande dinamismo à melodia. Grandes momentos da apresentação!

Para "Cold", na fusão entre a sonoridade pop e o fraseado vocal rápido do rap introdutório, com deliciosos acentos em sonoridades latinas, explora a sensual cadência da rumba no refrão. Levine traduz em seu potente vocal modulações inspiradas, em mais um grande momento do show.

Constante no andamento, permeado com graça pelo acento black dos sintetizadores "Don't Wanna Know", na deliciosa cadência do charme, apresenta no baixo de Madden em dub o perfeito contraponto à suave e ralentada bateria.

Em verdadeiro show à parte, o perfeito solo introdutório da bateria de apoia a execução da reggaeira "One More Night" seguida pela ousada "Animals", que traduz na linha roqueira da guitarra em riffs ascendentes, aliada à bateria em cadenciado tribal mais um ponto alto da apresentação.

Encerrando a apresentação a delicada "Daylight", seguida pelo hit "Sugar".

No momento do bis, gratas surpresas foram reservadas aos fãs, com as execuções de "Memories", "Won't Go Home Without You", "She Will Be Loved" e "Girls Like You".


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