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Festival Nova Brasil FM 2019

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Publicada em 14, Nov, 2019 por Marcia Janini

Clique aqui e veja as fotos deste show.


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Na tarde do último sábado, 6 de novembro, o Allianz Parque em São Paulo recebeu mais uma edição do Festival Nova Brasil FM, que traz a cada evento o melhor da MPB no line up composto por jovens talentos da atualidade e artistas consagrados.

Abrindo as apresentações do Festival, o trio carioca Melim, formado pelos irmãos Gabriela, Rodrigo e Diogo surgem como grata surpresa dentre as atrações desta edição, trazendo canções leves, descontraídas e repletas de ensolarada jovialidade.

Na deliciosa cadência do reggae em fusão com esparsos elementos pop, "Meu Abrigo" traduz na letra descontraída fluidez. Despojada, a melodia e letra em estrutura simples, porém de grande efeito, apresenta medida certa, irradiando frescor.

Brejeira, trazendo na introdução delicados dedilhados do violão acompanhados por assovios, "Dois Corações" traduz com grande simplicidade a temática romântica sem descambar para o pedantismo de letras rebuscadas em demasia ou para o ultraromantismo piegas, em uma composição delicada, leve e deliciosa de ouvir, determinada pela toada constante do acompanhamento.

O sucesso "Ouvi Dizer" moderno e ousado, na cadência do pop com esparsos elementos black/soul no fraseado vocal descontraído e repleto de boas variações, surge como lufada de vitalidade, trazendo nos bons trocadilhos da letra a linguagem ágil e urgente da paixão, explorando tessituras joviais na bem elaborada melodia. Great!

Trazendo o delicioso acento latino da rumba, "Peça Felicidade" emprega na percussão o grande elemento da melodia, emoldurando com graça e velada energia a letra, cheia de frases de efeito e positividade em face aos dilemas da vida moderna.

Na execução do sucesso "Gelo", a influência direta de sonoridades black como o r&b no fraseado vocal e no instrumental traduzem mais um especial momento da apresentação. Nota para o belíssimo trabalho vocal de Gabriela nesta execução, sobressaindo com a agilidade e dinâmica que somente intenso conhecimento técnico das tonalidades soul podem proporcionar. Amazing!

Mais um bom momento de sua passagem pelo festival é registrada em "Não Demora", na cadência e no ritmo malemolente do soul pop, onde o trio imprime dinamismo e vigor ao fraseado vocal, em um dos instantes mais dinâmicos da apresentação. Great!

Após a passagem de Melim pelo palco, Adriana Calcanhotto sobe ao palco por volta das 16h30, ao som de seu grande sucesso "Mais Feliz".

Na cadência do reggae, surge a interessante releitura para a suave "Esquadros", traduzindo nova dinâmica para a melodia, que ascende à sonoridade próxima do maracatu nas conversões ao refrão, trazendo a fusão de dois estilos tão diversos de forma ousada e traduzindo com propriedade ímpar a festiva aura de brasilidade. Bom momento do show!

Na condução de um mini-sintetizador, Adriana mostra o intenso trabalho de pesquisa com sonoridades diferenciadas, para a introdução de "Era Pra Ser" um bolero com o cadenciado deliciosamente valsado determinado pela firme condução da bateria, que se divide em rumbeiros acentos na percussão de Rafael Rocha, em um trabalho diferenciado.

Delicada "Dessa Vez" traduz no ultraromantismo da letra e da melodia, acentos pautados na visível influência das baladas populares da década de 70, fase derradeira da jovem guarda, bem determinadas pelo cadenciado constante da bateria e pelos acentos da guitarra de Ben, em leve distorção.

Em mais uma ousada releitura para "Devolva-me", outro de seus maiores hits, flerta com a soul music em mais uma condução primorosa da bateria aliada ao contundente baixo em dub no contraponto, ascendendo na finalização para a guitarra elétrica em acelerado frevo, relembrando as guitarradas dos trios elétricos, surgindo como inusitado momento da apresentação. Amazing!

Em correspondência com sonoridades mais modernas para "Cariocas" traduz inovações ao reggae aliado ao sambalanço em rascantes acordes da guitarra e inspirados vocalizes, emoldurando o fraseado vocal, determinando maior dinamismo à apresentação.

Traduzindo no baixo em dub o acento soul "Inverno" também surge revisitada, ascendendo para sonoridade jazzística, bem explorada pela guitarra melódica no diálogo com a guitarra em distorção. Mais um bom momento do show.

"Seu Pensamento" traduz a suave influência dos solos de derbak árabes no cadenciado bem marcado explorado pela bateria e no fraseado vocal de Adriana em malemolente métrica.

A clássica "Vambora" surge em versão fidedigna à original, apenas apresentando maior densidade e tônus nos acentos da percussão, em um dos momentos de maior correspondência palco/platéia.

Nos instantes finais de sua passagem pelo palco do festival, com a execução do funk melody "Fico Assim Sem Você" (sucesso do MC carioca Buchecha), surge um descontraído e festivo momento na apresentação.

Encerrando com o andamento frenético do samba de bloco em suavizado "carnaval", o hit "Maresia" alterna com a sensual sonoridade latina da rumba, em mais uma inusitada e feliz fusão de estilos, traduzindo mais um festivo momento à apresentação.

Subindo ao palco por volta das 17h45, o Natiruts traz o reggae de raiz com o charmoso acento brasileiro.

A execução de "I Love", versão para canção de Morgan Heritage, traz os preciosos metais apoiando o baixo em dub no contraponto.

Para "Serei Luz" mais uma canção descontraída, com letra repleta de mensagens positivas. Brilhantes, o trio das afinadas backing vocals brilha nas conversões ao refrão, em um bom momento do show.

Um dos momentos mais importantes da apresentação surge na execução da clássica "Liberdade Pra Dentro da Cabeça", num convite explícito à descontração, onde o público, entusiasmado, entoa com a banda os versos da canção.

Após a execução de "Andei Só", uma canção pautada no reggae de raiz traduzindo à sensualidade da letra delicioso acento brejeiro, surge a execução de "Em Paz", apresentando no cadenciado constante da bateria e no sax alto jazzístico diferenciados elementos à métrica sonora, em momento especial na finalização. Great!

Para "Você Me Encantou Demais" o grande diferencial surge nos acordes do teclado, explorando tessituras típicas do r&b, aliadas ao descontraído vocal e às guitarras em ágeis solapados.

Apresentando o acento de brasilidade com toques de afoxé, "Groove Bom" traz o incrível trabalho do trio de metais permeando com propriedade a melodia, traduzindo a perfeita fusão com a rumbeira sonoridade latina em um dos mais dançantes e leves momentos da apresentação, apresentando ponto alto de sinergia da banda com seu público.

Já no finzinho da linear e descontraída apresentação a clássica "Natiruts Reggae Power" determina mais dançantes momentos no show.

Na cadência da bossa nova "Garota de Ipanema" surge como inusitado e introspectivo ponto do show, na firme e bela interpretação do trio de backing vocals, seguida por "Sorri, sou rei" traduzindo a fusão do reggae com o baião nordestino em uma melodia dinâmica, repleta de boas variações bem pontuadas pela precisão da firme percussão.

Continuando as apresentações da noite uma das mais aguardadas atrações do evento, o cantor e compositor Gilberto Gil, em excelente forma, inicia seu show ao som do grande sucesso "Palco", traduzindo a perfeita fusão entre a sonoridade pop new wave dos anos 80 à africanidade dos toques ijexá, em intensa sinergia palco/platéia.

Na sequência, as reggaeiras "A Novidade" e "Não Chore Mais" (clássica versão para a canção de Bob Marley and the Wailers) traduzem momentos de grande descontração e aura de liberdade ao show.

Em momento intimista, a belíssima "Drão" traduz a urgência e a dor dos amores desfeitos na letra bem construída, emoldurada pela suavidade da melodia.

Inusitada, a releitura para "Pro Dia Nascer Feliz" (Cazuza), trouxe à apresentação o forte apelo do BRock, carregado de peso e vertiginosa dinâmica. Great!

Como grata surpresa à apresentação, em sequência de ritmos nordestinos "Pessoa Nefasta", há muito esquecida do repertório de turnês de Gil, surge trazendo a malícia brejeira na agilidade do forró rasgado, num momento de pura descontração do show, seguido pela expressão do baião de "Andar Com Fé".

Após mais uma ensolarada canção na cadência do reggae em "Vamos Fugir", outra canção que há muito não se executava nos shows, a deliciosa "Punk da Periferia", na fusão entre o rock e o soul, redescobre a descontraída new wave... Atemporal!

Encerrando sua passagem pelo festival ao som de "Toda Menina Baiana", Gilberto esbanja energia e carisma, em um dos mais vibrantes momentos do show.

Em mais uma apresentação de sua celebrada turnê "Sinais do Sim", o Paralamas do Sucesso já inicia sua apresentação ao som da clássica e divertida "Meu Erro", seguida pela latinidade aflorada de "Alagados".

Trazendo os bem pontuados metais na introdução, na cadência do reggaeton, a clássica "Lourinha Bombril" resgata no palco mais um importante momento da carreira da banda.

Na sequência, a ácida "O Calibre", reflexiva em sua letra crítica, permeada pela melodia ralentada bem determinada pela cadência marcante da bateria, marca mais um bom momento do show.

Como grata surpresa aos fãs, as inspiradas releituras para o medley entre "Você/ Gostava Tanto de Você" (Tim Maia), na gostosa e sensual cadência do reggae, surgem como dançante convite à descontração.

Em meio ao repertório variado, que privilegiou diferentes fases da carreira da banda, as lindas "Aonde Quer Que Eu Vá" e "Lanterna dos Afogados" traduzem a delicada aura de romantismo nas baladas repletas de variações dinâmicas para a urgente cadência pop rock. Amazing!

Constaram ainda da apresentação, os hits "A Novidade", "Caleidoscópio", "Uma Brasileira" e "Vital e sua Moto" além de outros sucessos.

Encerrando as apresentações da noite, Seu Jorge traz para o palco do Festival intimista e aconchegante apresentação, onde além de sucessos de sua carreira, surgem versões acústicas em releituras para canções de nomes consagrados da MPB, como "Retrato em Branco e Preto" (Chico Buarque) e "Chega de Saudade" (Tom Jobim), em lindos momentos da apresentação.

Em versão suave, delicada, num dedilhado repleto de sutilezas em meio à acordes de nuances simples, o samba de repique "Zé do Caroço" (Leci Brandão) ganha versão standard.

"Tive Razão", traduzindo o forte acento latino dos metais na junção com o samba canção, apresenta mais um ponto alto no espetáculo.

Irreverente, a deliciosa "Amiga da Minha Mulher" traz todo o gingado carioca, numa explosão de energia e vitalidade, explorando na construção melódica influências do samba de gafieira e do sambalanço, em breaks estratégicos que apoiam fortemente o refrão... Great!

"São Gonça", na cadência groove reforçada pelo solapado do violão, determina mais um momento de vital importância na apresentação, ao revisitar um dos primeiros sucessos da carreira.

Mais um momento de intensidade na apresentação surge na inspirada e enérgica execução de "Mas Que Nada" (Jorge Ben) numa releitura precisa e cheia de requinte em relação às linhas clássicas do sambalanço. Amazing!

Além dessas canções, constou do setlist "Mina do Condomínio" e "Burguesinha", encerrando com propriedade e frescor o evento, que contabilizou cerca de oito horas de espetáculo, para um público de aproximadamente 15 mil pessoas.


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