Sonora: Capital Inicial em São Paulo
Publicada em 21, Oct, 2018 por Marcia Janini
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Na noite do sábado, 20 de outubro, o Capital Inicial apresentou no Tom Brasil em São Paulo mais um show da celebrada turnê Sonora, atingindo recorde de público em sold out.
Subindo ao palco por volta das 22h15, Dinho Ouro Preto e banda já iniciam a apresentação ao som das deliciosas "Tudo Vai Mudar" e "Depois da Meia-Noite".
Após a descontraída execução para "Quatro Vezes Você", um dos grandes clássicos da banda, a canção "Independência" surge em fidedigna versão à gravação original, traduzindo a ousadia e liberdade do rock nacional 80's.
Trazendo o poderoso groove do baixo de Fê Lemos, em franco diálogo com a guitarra em acordes solapados na introdução, "Todas as Noites" traduz mais um bom momento do show na ambientação urban da canção, na perfeita fusão entre o pop rock e elementos extraídos da black music. Sobressaindo na finalização, o potente teclado de Robledo Silva brinca com sonoridades minimalistas em ágeis acordes.
Para a urgência expressa na letra de "Tudo o Que Vai", uma introdução em suaves dedilhados da guitarra melódica de Yves Passarell, amparada pela bateria em andamento ralentado, emoldura com propriedade a beleza do vocal de Dinho para a melodia de estrutura simples, ressaltando a importância da métrica e poesia.
Mais uma canção dos primórdios da carreira da banda "Leve Desespero" antecede a ácida "Como Se Sente", traduzindo no instrumental e na tonalidade vocal elementos da sonoridade post-punk em uma composição arrojada e contemporânea.
Após a roqueira "Não Me Olhe Assim", a densa "Seja o Céu" traz a beleza do post-punk na poesia da letra e na perfeita condução da bateria cadenciada, determinando o andamento e a firme cadência aliada aos rascantes riffs das guitarras em perfeito acompanhamento ao vocal contido e repleto de sutilezas, em mais um momento especial da apresentação.
Mais uma boa canção de melodia consistente, com acentos no hard rock clássico "Atenção" traduz nas perfeitas e inusitadas conversões ao refrão determinadas pela bateria mais um momento de intensa criatividade e ousadia.
A balada "Olhos Vermelhos" em momento intimista da apresentação antecede a clássica versão para "Primeiros Erros" (Kiko Zambianchi) em instantes de grande sinergia palco/platéia, determinados pelo coro em uníssono das vozes da platéia, em um dos mais belos momentos da apresentação.
Canções da safra recente da banda "Vamos Comemorar" e "Não Olhe Para Trás" precedem o brilhante solo da bateria de Fê Lemos, em demonstração de apurada técnica instrumental.
O aguardado bloco de grandes clássicos do período da banda Aborto Elétrico, a protossíntese do que viria a ser o Capital Inicial, resgatou canções como "Música Urbana", "Veraneio Vascaína" e "Fátima".
Em inusitado momento do show, a releitura de "Otherside" (Red Hot Chili Peppers) surge como grata surpresa, presenteando os fãs com momentos de grande intensidade e dinâmica. Amazing!
Além destas canções constaram também do setlist do espetáculo grandes sucessos como "Natasha" e "Que País é Esse?".
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