Terceiro e último dia do Lollapalooza Brasil 2018
Publicada em 03, Apr, 2018 por Marcia Janini
Atração do palco Budweiser, a banda The Neighborhood sobe ao palco às 16h00 com a execução da jovial "Pray", de marcada introdução densa evoluindo para o pop rock de linhas atuais com elementos no retrô, determinado pelo instrumental e pelo belíssimo trabalho do coro em cânone antecedendo a delicada melodia de "You Get Me So High", na gostosa fusão entre o r&b e sonoridades street, em uma balada atual e cheia de bossa.
A ensolarada "Whiped Out!" em seu malemolente andamento traduz suave aura descontraída à apresentação com elementos de minimal permeando com graça a canção na fusão com o rap marcante do fraseado vocal.
Em "Scary Love", mais uma deliciosa canção na cadência do r&b com aura retrô, se evidenciam elementos da soul music na junção com a sonoridade electro, em um bom momento do show.
Os sintetizadores exploram a delicada atmosfera do futurismo 80´s em tonalidade minimal para a criativa balada "Flowers". Bem pontuados, os falsetes vocais e o refrão em alternância de vozes fazem deste mais um ponto alto da apresentação.
Dançante, "Void" traz vocal em crossover na introdução, em mais uma boa canção. Encerrando a apresentação, os sucessos "Sweater Weather" e "R.I.P. 2 My Youth".
No palco Ônix, iniciando sua apresentação por volta das 19h30, Lana del Rey traz a grandiosidade de "Experimente in Terror" (Henry Mancini) em playback, antecedendo a execução da introspectiva balada "13 Beaches".
Em delicado e intimista momento do show Lana executa "Pretly When You Cry", com seu vocal diferenciado de grande beleza estética, aliado ao suave instrumental que emoldura com propriedade sua interpretação.
"Born to Die", na cadência do r&b, traduz o forte apelo da letra com o privilegiado instrumental antecedendo a suavemente dançante "Blue Jeans", com elementos da sonoridade street na densidade da cadenciada melodia.
Para "Lust for Life" com densa introdução ambientando o vocal em crossover, surgem elementos esparsos da sonoridade celta na métrica da linha melódica, em um dos mais inspirados momentos da performance da cantora.
Após a execução do grande hit "Video Games", a romântica "Ultraviolence" traduz em seu bojo a inspiração no standard e na sonoridade do baixo medievo no coro em cantochão. Elementos modernizadores em esparsos samplers aliam-se à percussão firme, contundente.
Últimas canções apresentadas "Get Free" e "Summertime Sadness" encerram com propriedade mais uma grande atração do festival.
Subindo por volta das 18h20 no palco Budweiser, Liam Gallagher e banda iniciam o show com a bateria bem pontuada em conversões nada óbvias no refrão de "Rock ?n Roll Star", trazendo o andamento ágil do hard rock com elementos heavy nas guitarras distorcidas de afinação alta.
Após a execução de seu maior sucesso "Morning Glory", surge a agilidade de "Greedy Soul", com mais uma magistral interpretação do enérgico vocal de Gallagher, aliado ao forte instrumental.
Para a suave balada pop de "Wall of Glass", o contraste entre a harmoniosa linha melódica desenvolvida pelas guitarras em interessantes cromatismos e a belíssima bateria em cadenciado ralentado traduzem grande valor estético à composição, que antecede a execução das suaves baladas "Bold" e "For What It?s Worth", encerrando momento introspectivo e de rara beleza na apresentação.
Com a execução de mais um hit em um dos mais inspirados momentos do show, Liam Gallagher traduz na canção "Some Might Say" o forte instrumental das guitarras altas em distorção e a condução precisa da bateria cadenciada em afretados nas terminações, apoiando o poderoso refrão.
Com grande vigor dinâmico, a pesada bateria introdutória de Chris Sharrock assume linha próxima ao post-punk, permeando com propriedade a densa melodia de "I Get By", traduzindo grande potencial estético à letra urgente em atonalismos no diálogo entre percussão e rascantes acordes das enfurecidas guitarras. Great!
Na charmosa cadência retrô do hard rock na fusão com elementos atuais, a canção "Be Here Now" apresenta mais um bom momento da performance vocal de Gallagher, onde as tonalidades altas apresentam predomínio nas conversões ao refrão, encerrando mais um bom momento. Com vitalidade, as guitarras distorcidas emolduram com propriedade o vocal, auxiliando à manutenção da ousada atmosfera da melodia.
Após a execução da emblemática "Wonderwall", em introdução bem marcada pelo diálogo entre a bateria e os rascantes acordes das guitarras surge a perfeita execução para a jovial "Supersonic", em mais um grande momento do show.
Além destes sucessos o hit "Cigarettes & Alcohol" e outros constaram do setlist da apresentação.
Iniciando sua apresentação ao som do pop cheio de bossa de "The Man" com influências no groove/soul com belíssimo backing vocal feminino no apoio, The Killers sobe ao palco Budweiser às 21h00.
Com primoroso aparato cênico em neon, a banda traduz aura retrô à sua apresentação, sem abrir mão das mais avançadas tecnologias, em uma apresentação esteticamente bem cuidada.
O pesado instrumental com potente bateria em reforço de bass remonta ao punk rock de 2a. geração para a rápida "Somebody Told Me". Na sequência "Spaceman" ascende no andamento frenético desenvolvido pela bateria, em conversões criativas e ousadas para o bem pontuado refrão. As roqueiras guitarras traduzem grande potencial dinâmico. Baixo em dub no contraponto em correspondência com a percussão determina maior peso à arrojada composição. Bom momento da apresentação!
Com introdução suave a balada "The Way It Was" coloca o reforço de bass na bateria cadenciada, contrastando com os acordes das guitarras e o vocal delicado de Brandon Flowers.
Mantendo a característica introspectiva deste bloco de canções para "Shot at the Night", delineiam-se influências do progressive rock na linha melódica adotada pelo instrumental, permeada com propriedade pela cadenciada bateria. Os acordes do sintetizador permeiam com precisão, determinando aura etérea em acordes de notas suspensas. Grande momento do show!
Para a ágil "Run for Cover", elementos da sonoridade retrô do heavy metal 80´s surgem no rápido fraseado vocal de Flowers, e na força das guitarras incendiárias em andamento frenético. Breaks estratégicos apoiam o forte refrão.
Mais uma deliciosa canção que remonta ao heavy 80´s, "Jenny Was a Friend of Mine" empolga os presentes, com ares de grande hino do rock nos vocalizes da finalização. Great!
Para "Smile Like You Mean It" a perfeita condução da bateria em conversões de grande técnica abrilhanta com maestria o vocal de Brandon. Rascantes, os riffs das guitarras na finalização determinam maior dinamismo. Amazing!
Com elementos do country rock no andamento e no fraseado vocal "For Reasons Unknown" realiza a bela fusão de estilos, ascendo para vertiginosas variações dinâmicas nas finalizações. Belo momento!
Com introdução pautada no krautock alemão e no synthpop, a atmosfera futurista de "Human" se funde ao andamento country rock e à divisão silábica do freaseado vocal, ascendendo para ágil andamento pop de linhas atuais.
Além destas canções, constaram no setlist outros sucessos como "A Dustland Fairytale", "Runaways" e "Read My Mind", sendo reservadas para o momento do bis "When You Were Young" e "Mr. Brightside", encerrando o terceiro e derradeiro dia do festival.
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