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Clássicos do Rock Progressivo: Best Sounds, Marillion no HSBC

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Publicada em 13, May, 2014 por Marcia Janini

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Por volta das 22h00 da sexta-feira, 9 de maio, a banda sobe ao palco para mais uma apresentação de sua turnê Best Sounds pela América Latina.

Com introdução densa, traduzindo esparsos elementos da sonoridade celta, a melodia de "Gaza" ascende para cadência ralentada, traduzindo a característica do rock progressivo, determinada pela bateria cadenciada e pelos acordes do teclado em notas suspensas. As guitarras em riffs rascantes, marcando a influência do hard rock, complementam em peso e intensidade as variações dinâmicas. Grande suavidade do privilegiado vocal, em nuances e modulações inspiradas, de extrema complexidade técnica e beleza estética marca as conversões ao refrão.

A suave "Easter", repleta de cromatismos e atonalidades, sugere em seus momentos de variação grandes ápices de intensidade sonora, permeadas brilhantemente pelo teclado em tonalidades minimalistas, adotando preciosos recursos estilísticos.

Um dos maiores sucessos da carreira, a linda balada "Beautiful", sucesso na primeira metade dos anos 90, surge como um dos pontos mais importantes da apresentação, num dos momentos de maior participação do público.

"Power", traduzindo elementos da sonoridade mediterrânea, em mais uma importante participação do teclado, denota aura de velada sensualidade, muito bem representada em mais um grande momento de performance individual do intérprete, emprestando sua enorme versatilidade vocal em evoluções sensíveis, permeadas por momentos de grande intensidade. Perfeito! Finalização eloquente, ousada...

Em um dos mais impactantes momentos do espetáculo, "The Man Of 1000 Faces", traduzindo a simples e despojada cadência do pop, na fusão com o violão de acordes country e a sofisticação do teclado em tonalidade piano, determina mais um grande momento de sinergia com o público, explorando a descontração e a licença poética de forma ímpar. Intensidade na densa finalização, encerra este momento do show com grande precisão técnica do instrumental. Sublime!

"No-One Can", na cadência ralentada do soft rock, suave, de andamento constante, também permite um dos grandes momentos de comunicação palco/plateia. Em sua suavidade e simplicidade, a canção traz à apresentação momento introspectivo, de um romantismo tardio, consciente, maduro. Grande canção para um grande momento!

Em mais uma balada suave, repleta de intensidade, com o apoio importante do teclado em contraponto à bateria, marcando a cadência com extrema precisão técnica, permeando com firmeza a melodia em acordes nada óbvios, "Warm Wet Circles" traduz outro grande momento da noite!

Além destas canções, clássicos como "Cover My Eyes", "Kayleigh", "Heart of Lothian" e "Neverland" fizeram parte do variado set list, que privilegiou os grandes sucessos de várias fases da carreira da banda.


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