Vertentes Do Reggae: Sublime With Rome
Publicada em 27, Mar, 2013 por Marcia Janini
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Na última sexta-feira, 22 de março, o HSBC Brasil recebeu em única apresentação show da banda Sublime With Rome, uma das mais influentes do reggae contemporâneo, excursionando com o conjunto The Dirty Heads.
Com lotação esgotada, a noite de espetáculo inicia com The Dirty Heads, executando seus sucessos.
No ritmo gostoso do ska, “Disguise” traduz fraseado vocal rápido e refrão suavizado pelos backing vocals... Interessantíssima a cadência que explora sonoridade latina do violão de aço em conjunto com o baixo em contraponto na conversão do refrão.
Em sonoridade próxima ao reggae clássico, a canção “Stand Tall” remonta ao início dos anos 90, passeando por variações dinâmicas suaves, despojadas, com elementos do pop determinados pela bateria constante, num andamento dolente. Nota para a performance individual da percussão em atabaques, fundindo-se à linha clara da bateria.
Além destas canções, a banda executou outros sucessos da carreira, como “Dance All Night”, “Neighborhood”, “Your Love”, “We Will Rise” e “Lay me Down”, dividindo os vocais com Rome Ramirez.
Na sequência, Sublime With Rome sobe ao palco iniciando sua apresentação com “Date Rape”, trazendo na cadência urban elementos do eletrônico em samplers que permeiam a canção. Ao rápido fraseado hip-hop funde-se graciosamente a cadência do reggae. Descontração com suavidade marca um grande momento do show já no início da apresentação.
“Right Back” traz reforço de bass e batidas vigorosas extraídas do hip-hop no decorrer da melodia, em samplers esparsos e skratches que pontuam a canção. Fraseado vocal potente alia-se aos teclados com esparsos acordes pautados na disco music, numa fusão de estilos bem elaborada.
“New Trash” aborda as vertentes do rock com influências diretas no classic metal. Baixo em dub sola na conversão do refrão, determinando estratégicos breaks que reforçam o refrão. Seguindo padrões tradicionais, a canção traz como inovação suaves elementos do ska na introdução.
Outro bom momento do show surge na execução da nada óbvia “Safe and Sound”, com bela finalização, onde cada músico demonstra seus talentos e habilidades individuais. Nota para a brilhante condução do baixo e percussão criativa e ousada.
Inversões na condução da bateria medianamente às estrofes marcam interessantes breaks, colorindo com graça e suavidade o andamento ralentado e tranquilo de “Take It Or Leave It”, explorando recursos clean nas variações dinâmicas.
“Slow Ride” apresenta desenvoltos acordes suavemente rascantes da guitarra na introdução, acompanhada pelos teclados, que permeiam a finalização com graça e cromatismos, tudo embalado pela cadência tranq6uila do reggae, em andamento cadenciado, repleto de dissonâncias precisamente construídas.
Além destas canções, grandes clássicos como “Scarlets”, “Doin Time”, “Badfish/ Stoned”, “Wrong Way”, “Panic”, “What I Got It” e “Santeria”, constaram do set list apresentado pela banda.
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