Noite de blues com Buddy Guy
Publicada em 27, Mar, 2009 por Anderson Oliveira
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Noite agradável, um bom público, às 22h00 o lendário guitarrista Buddy Guy assume o palco do HSBC Hall para mais uma apresentação ao público paulistano.
Sempre imprevisível, suas apresentações dificilmente contam com um set list definido, apoiado por uma banda extremamente competente, tornam cada show um momento único para todos. Dessa vez, acompanhado de Frank Band (guitarra), Orlando Wright (baixo), Tony Z (teclados) e o imenso Jerry Bling-Bling (bateria), abriu o show com a fantástica “Best Damn Fool”, cheia de improvisos e com completa interação com o público. Buddy se destaca por sua forma descontraída de tocar, divertindo-se durante longos “duelos” com seus músicos, especialmente com Tony Z, mas sempre deixando espaço para todos os músicos.
Sempre desfilando por todas as vertentes do blues, principalmente pelo “slow blues”, o show segue em alto nível, sempre brincando com as letras das músicas, citando a cidade de São Paulo, Buddy consegue demonstrar que o blues, mesmo sendo um estilo particularmente mais triste, transmite com seus imensos sorrisos uma satisfação por tocar aquelas músicas que contagiam todo o público, sempre andando de um lado pro outro, brinca com os integrantes e faz poses com a guitarra.
Tradicionalmente as apresentações do guitarrista contam com o momento especial ao qual anda em meio a seu público tocando sem parar, dessa vez, sempre animado, Buddy caminhou divertindo-se por todas as fileiras do HSBC, subiu escadas, tocou nos camarotes e voltou ao palco, ver uma lenda do blues tocar exatamente na sua frente é realmente algo para guardar para toda vida.
Embora cheio de improvisos, o show contou com grandes clássicos de sua carreira, a interpretação, quase à capela de “Damn Right, I’ve Got the Blues” foi destaque, “Mustang Sally”, de Wilson Pickett, levantou o comportado público, “Remembering Stevie”, “Five Long Years” e “Black Night” foram outros belos momentos do show.
Sempre evocando grandes ídolos como Hendrix e o próprio Eric Clapton, com o qual participa de vários shows em uma tour intitulada “Crossroads”, cantou e tocou “Sunshine of Your Love”; transitando entre o blues e o rock, usou e abusou de sua pedaleira em “Voodoo Child”, de Hendrix, além da tradicional homenagem a John Lee Hooker em “Boom, Boom”.
Com aproximadamente 1h30 de show, Buddy despede-se do público, distribuindo inúmeras palhetas e conversando muito. Pouco tempo depois o músico volta e, executando mais dois clássicos, encerra uma noite de muito blues; plenamente satisfeito, seu imenso sorriso reflete em todos aqueles que saem do HSBC com a certeza de que viram um grande espetáculo.<p>
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