Banda Vega apresenta novo CD
Publicada em 24, Sep, 2007 por Musicao
Neste início de século 21, uma nova geração de cantoras tomou de assalto os palcos do País e confirmou a tese de que as vozes femininas representam o que temos de melhor na música brasileira. A maioria desses novos nomes, como Céu e Mariana Aydar, envereda pelos caminhos da MPB, com pitadas de samba e sotaque tradicional. Mas uma das vozes mais afinadas deste cenário não quer nem saber de pandeiros e atabaques. O negócio dela é música pop.
Cláudia Gomes é a vocalista do Vega, grupo que chega ao seu segundo disco com o mesmo som de primeira que mostrou na estréia, em 2002. ‘Novos Tempos’ traz a mesma formação de ‘Flores do Deserto’: Marcos Kleine (guitarra e violão), Mingau (baixo e backing vocals) e Caio Mancini (bateria).
Produzido pela própria banda, ‘Novos Tempos’ traz elementos que raramente são ouvidos em um disco de pop. Além de detonar na guitarra, o virtuoso Kleine toca banjo e cítara; Luciano Kathib abusa nos toques de percussão; o blueseiro Thiago Cerveira destrói na gaita. Há também trompete (Zezinho Fernandes), teclado (Zé Ruivo e Mano) e a participação de Douglas Caturani nos vocais da excelente ‘Consciência’ – talvez a mais pesada de todo o repertório.
A banda Vega, conhecida do público brasileiro por meio de diversas rádios, tem as composições como seu ponto forte. Mas não custa nada receber a mãozinha de nomes de peso como Leoni, do Kid Abelha, e Alvin L., compositor do Capital Inicial, que deram de presente a bela ‘História do Mundo’. Do 365, ex-banda do baixista Mingau (que hoje toca também no Ultraje a Rigor), o Vega pegou emprestada ‘São Paulo’, uma das canções-hino dos anos 80. É interessante ver como uma canção de revolta pode tornar-se bela quando se troca a voz rústica de um vocalista roqueiro pela doçura de uma musa pop. Outra que terá lugar garantido nas paradas de sucessos é a versão para ‘Construção’, de Chico Buarque. Com guitarras à la David Gilmour, do Pink Floyd, a ‘Construção’ do Vega tem tanta personalidade que poderia facilmente ser chamada de ‘Reconstrução’ – e chama a atenção pelo arranjo original e cheio de vitalidade.
‘Novos Tempos’ marca uma nova fase para o Vega. Não é apenas um grande disco, mas a prova de que é possível seguir um belo álbum de estréia com um álbum melhor ainda. O destino do Vega é o mesmo da estrela que batizou a banda: brilhar.
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<b>Fonte:</b> Márcio de Souza - Ass. de Imprensa
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