Madonna diz que respeitou lei em processo de adoção
Publicada em 17, Oct, 2006 por Musicao
A cantora, de 48 anos, fez a declaração em resposta a acusações, por parte de entidades malauianas, de que as regras para adoção no país foram desrespeitadas para atender aos desejos da estrela.
Apesar dos protestos, o menino que Madonna está adotando - David Banda, de um ano - desembarcou no aeroporto de Heathrow (oeste de Londres) nesta terça-feira de manhã e foi levado para a casa da artista na capital britânica.
Defendendo-se das críticas, a cantora disse que ela e o seu marido, o cineasta britânico Guy Ritchie, deram entrada no processo de adoção meses atrás.
"Isso não foi uma decisão ou um compromisso que eu ou minha família levamos na brincadeira", disse a cantora.
Ela disse ainda que quer "abrir a sua casa e ajudar uma criança a escapar de uma vida de dificuldades, pobreza e em muitos casos, morte".
Chegada
O diretor do Departamento de Bem-Estar das Crianças do governo de Malauí, Penston Kilembe, já havia saído em defesa de Madonna, dizendo que ela não havia infringido nenhuma lei.
“O processo não começou hoje. O pessoal da Madonna tem cuidado da papelada por algum tempo, e ela só veio para assinar os papéis e concluir o processo”, disse Kilembe.
O menino voou durante a noite, via Johannesburgo, com um guarda-costas da pop star e uma assistente de Madonna. O bebê já havia sido retirado do Malauí na segunda-feira em um jato particular. Ele não pôde viajar com Madonna, que voltou a Londres na segunda-feira
O bebê, protegido das câmeras e dos curiosos por um cobertor, permaneceu no colo da assistente enquanto estava no aeroporto.
Ele vestia uma bermuda jeans, camiseta branca e um boné. Segundo relatos, estava bastante alerta apesar do longo vôo.
Banta estava sendo aguardado por mais fotógrafos na casa da cantora, no centro de Londres.
Circo
Uma declaração divulgada durante a noite pela porta-voz da cantora, Liz Rosenberg, confirmou que Madonna e o marido, Guy Ritchie, receberam custódia temporária da criança.
A decisão de um tribunal de Malauí dá aos dois o direito de cuidar do bebê pelos próximos 18 meses, período pelo qual eles deverão ser “avaliados pelos tribunais de Malauí”.
A cantora, que estava em Malauí, voltou para a Grã-Bretanha cedo na segunda-feira, mas não teria conseguido levar o menino porque que ele ainda não tinha passaporte. Agora, porém, ele já teria passaporte e visto regularizados.
Rosenberg disse que a cantora fará o que puder para não transformar o caso em "um circo".
Protestos
Um grupo de instituições de caridade do Malauí tem tentado impedir o processo. Eles dizem que a adoção é ilegal porque a cantora não morou no país.
O Comitê Consultivo de Direitos Humanos, composto por 67 instituições malauianas, informou que entraria com um recurso contra o processo de adoção. A medida, no entanto, foi adiada porque o Comitê pretende ouvir um tio de David, que seria contra a adoção.
De acordo com o diretor do grupo, Justin Dzodzi, um investigador contratado pelo Comitê foi enviado para o orfanato onde David morava, para “ter uma noção do que os moradores e familiares pensam sobre a adoção”.
A criança vivia em um orfanato de uma cidade próxima à fronteira com a Zâmbia. Sua mãe morreu de complicações decorrentes do parto. O pai do menino, Yohame Banda, concordou com a adoção.
“O que eu quero é uma vida boa para meu filho”, disse.
Fonte: BBC Brasil
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