Braza
Dia: 07/07/2017 (Sexta-feira) - Às: 23:00
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O teclado de Vitor Isensee faz papel de sirene, abrindo caminho para o scratch do DJ Negralha, que entra em cena, cutucando a bateria, forte e cheia de tentáculos de Nícolas Christ. Na sequência, a guitarra de Danilo Cutrim e o baixo de Pedro Lobo alongam-se, dialogando com os metais, conduzindo a marcação funky até a chegada da flauta, docemente jazz, de Lelei Gracindo. Juntos, todos compõem os periódicos elementos do flamejante tema instrumental "Hoan vs Hozin" e passam o recado da melhor forma possível: o Braza vem quente e está fervendo.
(Re)Nascido das cinzas do Forfun - um marco da cena hardcore/funk/pop dos anos 2000, que, segundo a "Vice", "impregnou uma geração inteira com positividade e boas vibrações" -, o grupo carioca, formado por Cutrim, Christ e Isensee, mantém a química do seu passado e avança, num salto evolutivo, no seu homônimo álbum de estreia. No novo conteúdo, riffs de rock se combinam com elementos de reggae, soul e hip-hop, gerando a forte ligação que define o Braza.
- Não paramos exatamente o Forfun para fazer o Braza. Vivíamos numa produção contínua, mas chegou um momento em que entendemos que, depois de 14 anos, era hora de fechar um ciclo e partir para outro caminho - explica Cutrim, que ocupa também o posto de vocalista. - Nos últimos tempos, o Forfun já estava buscando novas linguagens. O que fizemos foi filtrar esses experimentos e priorizar elementos que deveriam encabeçar o novo projeto.
Indo além da formação power-trio, Cutrim, Christ e Isensee conquistaram reforços importantes para esquentar seu trabalho. Pedro Garcia, por exemplo, chegou para gravar o disco, produzido pela própria banda e mixado por Garcia e por Mario Caldato Jr.
- O Pedro foi fundamental. Fizemos uma pré-produção bastante intensa e chegamos no estúdio com um material já bem definido, inclusive nas letras. Ele nos ajudou muito nos detalhes, como o acerto de timbres - conta Cutrim. - E ter o Mario Caldato Jr na mixagem foi um sonho.
Primeira música composta para o novo projeto, "Segue o baile" abre o disco, como um cartão de visitas do Braza. "Escrevo porque não tenho o dom do freestyle/Ela quebra, requebra, remexe ao som do timbale/O agora é a única coisa que vale/Se erra, conserta, volta pro tom e segue o baile", diz a letra, no embalo de um riddim jamaicano. Na sequência, o groove pulsante de "Oxalá" descarrega uma espiritualidade aberta ("Tem fé o ateu, tem fé o cientista/Me curvo humildemente antes aquilo que não sei") em contraponto aos obscuros arautos da intolerância religiosa.
Alexandre Carlo, do Natiruts, em "Tanto", e o MC Monkey Jhayman, em "Normal", marcam o time dos reforços, que inclui também o trombone de Marlon Sette, a voz de Gabriela Riley, a percussão de Pacato e os teclados de Donatinho, entre outros. No setor de importações, o brilho fica com a presença estelar de Michael Rose, hoje Mykal Rose, ex-vocalista do lendário grupo jamaicano Black Uhuru, em "Easy Road".
- Mandamos um email para ele, todo respeitoso, explicando o significado da letra, essa coisa de que não há caminhos fáceis. E ele não apenas curtiu, como entrou na onda, completando a letra com suas falas - revela Cutrim.
Esse caminho sem facilidades talvez possa ser simbolizado pelo vídeo do single que puxa o álbum, o poderoso reggae "Embrasa". Nele, a banda aparece misteriosamente entrecortada por flashes de operários em greve, dançarinas encapuzadas, sanfoneiros, figuras de vodu, rastas, faixas de proteção e enormes caixas de som. Enquanto a mente, hipnotizada, processa e tenta decifrar as imagens, um trecho da letra ajuda a entender a jornada proposta pelo Braza: "Em frente, bravamente, que pra trás não dá".
Tropical Butantã Av. Valdemar Ferreira, 93 Butantã - São Paulo -
SP -
BR
www.tropicalbutanta.com.br
Ingressos de R$45,00 a R$140,00 (primeiro lote)
www.ticketbrasil.com.br
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