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Após 18 Anos, The Lemonheads Volta à Carga em São Paulo

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Publicada em 21, Jul, 2024 por Marcia Janini


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Na noite da última sexta-feira, 19 de julho, o Cine Jóia recebeu show da turnê "It´s a Shame About Come On Feel", novo trabalho do trio alternativo americano Lemonheads, após hiato de 18 anos na carreira.

A abertura de Thunderbird (Luiz Thunderbird ex-VJ da MTV) e banda, subindo ao palco por volta das 23h00 e trazendo no repertório canções satíricas, repletas de tiradas inteligentes nas letras ácidas, com uma pitada de bom humor, proporciona a ambientação da noite com propriedade.

Em "Protesto", pautada na cadência do punk rock, com letra reflexiva, seguida por "A Obra" com melodia que traz em sua estrutura melódica o punk rock, denotando deliciosa aura retrô 70´s, que remonta suavemente a elementos da sonoridade hard/heavy, bem pontuados pela bateria de Rodrigo Saldanha (Pequeno Cidadão) em cadenciado constante e pelo forte apelo das guitarras distorcidas.

Para a densa e instrumental "Serra do Mar" temos os teclados de Jimmy Pappon em acordes etéreos, que apontam para o psicodélico/ progressivo na bem elaborada introdução.

Trazendo a new wave 80´s "Ética" aponta melodia descontraída na proposta da guitarra de Daniel Nakamura em acordes fluidos e bateria suavizada, para letra crítica e bem humorada.

Para "Insuportável", mais um momento de descontração e leveza na apresentação, trazendo em seu bojo o apelo do soul/disco, determinado pelo intenso diálogo entre o teclado e o afretado da bateria em crescendo para o frenético andamento. Great!

Trazendo charmosa aura standard para "Eu Vou de Bicicleta" temos mais uma letra reflexiva, com uma deliciosa pitada de ironia, emoldurada pela suave melodia de andamento ralentado, que aponta nos acordes ágeis do teclado e no fraseado vocal sonoridade que remonta ao progressive rock. Alquebrada, a bateria desenvolve intenso diálogo com o baixo de Jairo Fajesrztajn (Autoramas) em doom no contraponto.

Parafraseando a canção "Champs Eliysèe" (Joe Dassin) como carismaticamente expôs Thunderbird, surge a ácida "Rio Tietê", trazendo na letra forte crítica social, no divertido sarcasmo que encerra a abertura da noite.

Iniciando sua apresentação à meia-noite e meia, ao som de "Rocking Stroll" o Lemonheads chega cheio de energia em uma canção dinâmica, trazendo a atmosfera post-grunge nos acordes encadeados da guitarra e nas evoluções precisas da bateria.

Na sequência, "Confetti" traz o forte instrumental da bateria alquebrada em diálogo com a guitarra levemente distorcida. No contraponto, bom trabalho do baixo de Farley Glavin em dub step auxilia na manutenção do andamento ralentado.

Para o hit "It´s a Shame About Ray" surge um belíssimo trabalho da bateria de John Kent em conversões perfeitas e nada óbvias, mantendo a cadência constante e apoiando o vocal fluido de Evan Dando, em modulações despojadas e cheias de atitude. Bom momento da apresentação!

Suave "Rudderless", mais uma canção reflexiva e apoiada na cadência constante da bateria, traz no instrumental suavizado mais um inspirado momento da performance vocal do bandleader Evan Dando que com singeleza ímpar, transmite à letra aura de estudada delicadeza.

Trazendo esparsos elementos do post-punk e indie rock, "My Drug Buddy" aponta para a versátil guitarra em perfeitos rascantes novas possibilidades, em junção com o intenso diálogo entre o baixo de Farley e a bateria, levemente dançante.

Trazendo na potência instrumental o forte acento urban, o sucesso "The Turnpike Down" chega trazendo forte e despojada aura de descontração, seguida por "Bit Part" canção de melodia fluida.

Em mais uma canção que traz em seu bojo esparsos elementos da sonoridade 80´s, "Alison´s Starting to Happen" surge determinada pelo contraste entre o fraseado vocal ralentado de Evan e a bateria frenética de John Kent. Encerrando a melodia, guitarra em solapados e ágeis dedilhados aponta mais um bom momento do show!

Delicada na introdução "Hanna & Gabi", onde apenas o vocal em modulações simples, porém de bom efeito estético, de Evan Dando se faz ouvir, suavemente acompanhado pela melodiosa guitarra de dedilhados suaves que ascende na sequência para a cadência pautada no rockabilly, a melodia traduz singeleza à apresentação. Na finalização, belo solo da bateria de John Kent.

Entoada em uníssono pelos presentes "Kitchen" apresenta mais um ponto alto do show, na cadência do pop rock 90´s, trazendo em sua melodia a simplicidade do post-grunge.

Cheia de energia e vitalidade, a ágil "Ceiling Fan in My Spoon" traz na bateria o andamento frenético e grande versatilidade, acompanhada pelos rascantes da guitarra e do baixo no contraponto, em mais um descontraído momento do show.

Para a moderna balada "Frank Mills" (Galt MacDermot) a releitura se abre em uma deliciosa toada, onde o constante instrumental apoia a força do vocal de Evan, repleto de vocalizes, permeado com graça pelas evoluções da guitarra de em glissandos e cromatismos, surge mais um bom momento da apresentação, seguido pela enigmática "The Great Big No" onde o frontman explora tonalidades graves em seu vocal contrastando com a despojada aura instrumental.

Em uma melodia suavizada que traduz elementos da sonoridade blues no andamento ralentado e no grooveiro baixo de Glavin, surge a releitura para "Into Your Arms" que denota no contraponto à bateria alquebrada e à guitarra em distorção ascendente mais um excelente trabalho de pesquisa sonora da banda. Na conversão, a guitarra em glissandos e solapados pontua com firmeza o clímax da canção. Amazing!

Trazendo influências sulistas no andamento acelerado e nos cíclicos movimentos da linha melódica "It´s About Time" traz peso dinâmico em uma verdadeira avalanche sonora. Visceral, em contraste com a descontraída letra, de ensolarada interpretação.

Trazendo esparsos elementos da sonoridade punk para a melodia ágil, de frenético andamento em "Down About It", a melodia encontra na força do vocal toda a ousadia de uma canção contemporânea de aura retrô, sem perder os pés na modernidade. Great!

Além desses sucessos "Paid to Smile", "Rest Assured", "Dawn Can´t Decide", "Fear of Living" e "If I Could Talk I´d Tell You" constaram do set list da apresentação, que privilegiou canções de todas as fases da carreira da banda, incluindo canções inéditas do mais recente álbum, ainda no prelo e sem título definido, com previsão de lançamento no primeiro trimestre de 2025.


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